Após elogiar Bolsonaro, funkeiro tem casa atacada

Cantor afirma que vem sendo perseguido por público LGBT desde que fez postagem

O cantor de funk Maxwill Oliveira de Queiroz, de 19 anos, teve a sua casa atacada


O cantor de funk Maxwill Oliveira de Queiroz, de 19 anos, teve a sua casa atacada no final de semana, no bairro Altos do Coxipó, em Cuiabá.


De acordo com o boletim de ocorrência, o cantor, que é mais conhecido como “MC Mr. Maxi”, estava em sua residência na madrugada de sábado (9), quando ouviu o barulho de algo explodindo no quintal.

Conforme o B.O., ele foi olhar para ver o que havia acontecido e afirmou que se tratava de bomba caseira. Logo em seguida, desconhecidos passaram a atirar pedras em direção ao imóvel. Uma delas atingiu a lâmpada da entrada da casa, deixando-os no escuro.


O funkeiro disse estar vivendo momentos de pavor. De acordo com ele, tudo começou quando declarou seu apoio ao deputado federal conservador Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em sua página no Facebook.

Divulgação

Grupo criado no Whatsapp, para ofender o músico

“Tudo isso começou quando fiz uma postagem na minha página apoiando o Bolsonaro. Desde então tenho recebido ameaças do público LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais], que me segue nas redes sociais também”, explicou.



Bolsonaro é criticado por comentários contrários ao público LGBT.



Na postagem, o funkeiro disse: “Estou apoiando ao Bolsonaro. Novo Presidente do Brasil”.



Maxwill diz que publicou a mensagem sem conhecer exatamente a atuação política de Bolsonaro.



O cantor declara que não é homofóbico e que chegou a se retratar através da sua página na internet, mas que as ofensas e até ameaças de morte não cessaram.



“Eu não tenho nada contra os homossexuais, pelo contrário, meu público é LGBT. Só que tudo isso está assustando minha família e me prejudicando profissionalmente. Estou perdendo contrato de shows, que estão sendo cancelados por causa da repercussão”, afirmou.



Ele conta que algumas pessoas do público LGBT criaram um grupo através do aplicativo Whatsap para fazer ameaças e ofensas. O cantor ainda afirma que passou a se trancar dentro de casa com medo de represália.



Uma das mensagens, diz: “Ele vai saber quem é Bolsonaro quando ele tomar um ‘pau’ de alguém”. Outra, diz: “Vou atirar na testa desse homi [sic]”.



O caso deve ser investigado pela Gerência Especializada em Crimes de Alta Tecnologia.

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