DA REDAÇÃO
O secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos (PSDB), revelou que um acordo com o Consórcio VLT para dar continuidade à obra do novo modal deve ser fechado nas próximas horas.
Desde que assumiu a Pasta, no final de novembro, o tucano vem tentando entrar em conciliação, atendendo decisão do juiz Ciro Arapiraca, da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, que determinou um prazo de 30 dias para que haja um entendimento entre as partes. Caso contrário, o contrato será rescindido.
“Acreditamos que até amanhã [sexta-feira] a gente conclua. Trabalhamos muito. Foram muitas reuniões, dezenas de reuniões. Idas e vindas. Todos os atores envolvidos, querendo a retomada das obras. Estamos muito próximos de um entendimento”, disse.

Todos os atores do VLT envolvidos, querendo a retomada das obras. Estamos muito próximos de um entendimento
O consórcio é formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia. O contrato entre as empresas e o Governo do Estado está suspenso pela Justiça Federal desde fevereiro de 2015.
Segundo Wilson, o principal entrave é a questão financeira. Inicialmente, as empresas pediam R$ 1,299 bilhão para a retomada e conclusão da obra. O Governo ofereceu R$ 715 milhões.
O secretário, entretanto, não revelou em quanto deverá ficar o acréscimo de valores para a obra. Até o momento, pouco mais de R$ 1 bilhão já foram investidos.
“O VLT é composto de várias frentes. Tem uma frente operacional, e para isso estamos montando uma equipe de primeiro mundo para tocar, que é a equipe do VLT do Rio de Janeiro. A área financeira está muito bem equacionada com o Ministério das Cidades e Caixa Econômica. E a negociação financeira, com o consórcio, está próxima de chegar a um acordo”, afirmou.
O VLT
Orçada em R$ 1,477 bilhão, a obra do VLT foi iniciada em agosto de 2012 e deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá.
Entretanto, os sucessivos atrasos levaram a gestão anterior do Governo do Estado a fazer um aditivo prevendo o término para 31 de dezembro do mesmo ano.
Porém, as obras foram paralisadas antes deste prazo, já que o Estado não realizou os pagamentos solicitados pelo consórcio.