O tucano afirmou não estar preocupado, pois isso lhe renderia apenas uma multa pecuniária.
“Quer ganhar no tapetão, está fugindo dos debates, não tem plano de governo para Cuiabá e não tem experiência administrativa”. Assim classificou o candidato à Prefeitura de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), sobre um áudio apresentado pelo seu concorrente, Emanuel Pinheiro (PMDB), que supostamente mostra o irmão do tucano, Elias Santos, coagindo servidores comissionados, sob pena de demissão, a comparecerem no ato político ocorrido nesta quarta-feira (19), em Cuiabá, com servidores estaduais.
“Conheço a legislação. Se isso for verdade tem pouco impacto na candidatura. O máximo que isso dá é uma multa pecuniária”, minimizou o tucano.
“Conheço a legislação. Se isso for verdade tem pouco impacto na candidatura. O máximo que isso dá é uma multa pecuniária”.
Conforme Wilson, Emanuel estaria “correndo” dos debates eleitorais que, para ele, seria um sinal de que o peemedebista estaria “acuado com o seu crescimento”. Por outro lado, Pinheiro argumenta que o tucano estaria aplicando a mesma “técnica” que aplicou nas eleições de 2004 e 2008, quando "ganhou a Prefeitura a qualquer custo”.
Santos disse que se ficar comprovado que a gravação é mesmo de Elias, ele deverá ser punido à altura, independentemente dele ser presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), ou ser seu irmão. “Se meu irmão fez isso tem que ser rigorosamente punido. Doa a quem doer”, disse.
Até a noite de quarta, Wilson disse que ainda não tinha conversado com seu irmão, Elias Santos, então presidente da Metamat.
Reação de Taques
Após a suposta declaração de Elias, o governador Pedro Taques (PSDB) o exonerou do cargo de confiança. “Eu não sei se foi ele. Isso tem que ser investigado se foi ele ou não”, acrescentou o governador ao informar que vai periciar o áudio.
Taques ainda disse que Elias terá o direito de fazer sua defesa, mas que ele vai fazer isso fora do cargo, pois, segundo o governador, “em sua gestão não se tolera isso”.
O CASO
Emanuel Pinheiro apresentou à imprensa um áudio onde aparece um homem coagindo servidores a comparecerem ao ato político programado para esta quarta-feira (19). Na gravação, o homem afirma que estaria em nome do governador, que teria mandado um duro recado aos servidores que faltassem. Segundo o áudio, quem não fosse ao evento seria exonerado no dia seguinte.
O peemedebista ainda disse que entrou com uma representação na Justiça eleitoral pedindo a anulação do registro de candidatura de Wilson ou a diplomação, caso seja eleito. Pinheiro destacou que isso seria um “atentado à democracia”. “Eu já vinha denunciando que isso iria ocorrer e agora ocorreu. É um tipo de campanha rasteira, baixa que ele faz”, completou.