Envolvida em escândalo, cunhada de Emanuel é demitida da Assembleia

Bárbara Helena de Noronha Pinheiro, cunhada do candidato a prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), foi demitida pela Assembleia Legislativa. O ato foi assinado pelo presidente da Assembleia, deputado Guilherme Maluf (PSDB) e pelo primeiro secretário da instituição, deputado Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD).

“Considerando denúncia acerca do suposto envolvimento da prestadora de serviços Bárbara Pinheiro, em assunto veiculado na mídia escrita, falada, televisada e eletrônica, solicitamos a Vossa Senhoria a rescisão do contrato de trabalho da referida servidora, no sentido de se resguardar a inteira apuração dos fatos noticiados”, traz trecho da decisão da Assembleia, com data de 24.10.16, encaminhada à Fundação de Apoio Superior (Faesp), da Unemat, responsável pela contratação. 

A Faesp assinou convênio com a Assembleia Legislativa no ano passado para fornecer auditores e profissionais especializados para auxiliar no funcionamento das comissões parlamentares, especialmente as CPIs. No caso de Bárbara, ela foi contratada para assessorar a CPI que apura sonegação fiscal.

Bárbara Pinheiro e o marido, Marco Polo Pinheiro – irmão de Emanuel Pinheiro – acabaram sendo protagonistas de um escândalo envolvendo o pagamento de propina pela empresa Caramuru Alimentos. Gravação encaminhada à Defaz aponta que Bárbara admitiria ter recebido R$ 4 milhões da empresa para “assessorar” o programa, durante o governo Silval Barbosa (PMDB). 

Na gravação, Bárbara diz que “... eu não fui pra Assembleia pra ganhar 13 mil à toa. Eu até café carrego. Eu fui pra lá ganhar 13 mil porque o Emanuel sabe de toda a história...”. A conversa gira em torno da concessão de incentivo fiscal à Caramuru, em 2014; ao recebimento de uma “assessoria” pela intermediação do benefício, bem como ao “medo” de que a história vazasse no período eleitoral. Emanuel Pinheiro chegou a recorrer à justiça, no ano passado, para ser membro titular da CPI da sonegação fiscal.








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