Da Redação com assessoria
A candidata à Prefeitura de Cuiabá pelo PRB, Serys Slhessarenko, e seu vice, Fabian Martinelli, assinaram nesta segunda (19), a carta compromisso apresentada pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindmed-MT) para melhorar a oferta de políticas públicas de saúde na capital do estado.
Em visita à entidade, eles foram recebidos pela presidente do Sindmed-MT, Eliane Siqueira, e pelo assessor jurídico da entidade, Renyl Ferreira, que apresentaram as principais demandas para fortalecer a categoria e garantir uma saúde de qualidade para a população.
“Hoje, é muito gritante a percepção de que a saúde em Cuiabá é um desastre. Mas é importante ressaltar que ela é um desastre por opção política dos governantes”, afirmou a sindicalista.
Serys concordou. “Com vontade política, é possível melhorar a saúde em poucos anos. E o importante não é apenas investir em infraestrutura, em grandes obras, mas principalmente em gestão. Há recursos disponíveis. É preciso saber usá-los”, afirmou.
Demandas - Entre as demandas apresentadas pelos médicos está a conclusão do novo Pronto Socorro de Cuiabá e a destinação do espaço em que funciona o antigo para uma nova finalidade, com vistas a aumentar o atendimento à população. Serys explicou que, conforme seu Plano de Governo, ela utilizará o local para construir o primeiro Hospital Materno Infantil de Cuiabá.
“Cuiabá é a única capital brasileira que não tem um hospital adequado para atender as mães e seus filhos. E sabe por que isso acontece? Porque Cuiabá nunca teve uma prefeita que encarasse a oferta de políticas públicas com uma visão feminina, com uma visão afetuosa”, justificou.
Os médicos também pedem mais investimentos em atenção básica que, segundo eles, recebe apenas 6,05% dos recursos do setor, enquanto a gestão do SUS consome 46,27%. “Nossa proposta é a inversão desse montante, considerando que a atenção básica é o pilar da saúde da população”, afirmam no documento.
Eles reivindicam ainda a ampliação do número de equipes de saúde de família que, segundo levantamento feito pela categoria, vem decrescendo com o aumento da população do município. “Em janeiro de 2013, a cobertura estava em 39% e, hoje, não chega a 36%”, denunciam.
Serys concordou com as demandas e se comprometeu a, quando eleita, dobrar o número de equipes de Saúde da Família, que hoje são apenas 70 enquanto a demanda indica a necessidade de pelo menos 125. “Quero ser prefeita para cuidar de gente. Chega de mães com os filhos no colo chorando nas portas dos hospitais em busca de atendimento, de vaga na UTI”, afirmou.
Cicloativista, o vice Fabian Martinelli acrescentou que a saúde é tratada de forma sistêmica no Plano de Governo da chapa. “Nosso plano de mobilidade urbana visa proteger a vida, privilegiar o pedestre, o ciclista e o motoqueiro para, assim, reduzir o número de acidentes de trânsito, que é a principal causa de internações na rede hospitalar”, explicou.
Funcionalismo
A presidenta do Sindmed também apresentou aos candidatos as demandas dos servidores públicos do setor da saúde que, segundo ela, não são devidamente valorizados e, quando reclamam, acabam demitidos. “A perseguição política é uma das marcas da gestão Mauro Mendes”, afirmou.
Uma das principais reivindicações da categoria é a abertura de novo concurso público, com a qual Serys e Fabian concordaram prontamente. “A Prefeitura diz que, atualmente, 60% do quadro de médicos é efetivo, mas nós estimamos que este número é ainda menor, de cerca de 45%”, justificou.
O assessor jurídico do Sindmed-MT complementou que, ao contrário do que muitos pensam, os médicos não ganham salários milionários. Segundo ele, o piso para o concursado que trabalha 20h é de R$ 4 mil e, para os contratados, apenas R$ 2,9 mil. “Como a maioria é contratada, a categoria acaba tendo uma média salarial mais baixa ainda”, explicou.
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