

Debate foi promovido pela Centro América FM. Foto: Assessoria
Os seis candidatos a prefeito de Cuiabá – Emanuel Pinheiro (PMDB), Julier Sebastião (PDT), Procurador Mauro (PSOL), Renato Santtana (Rede), Serys Slhessarenko (PRB) e Wilson Santos (PSDB) – participaram, na manhã deste sábado (24), do debate promovido pela rádio Centro América FM e, diferentemente de outras oportunidades, onde cada um buscava apontar polêmicas negativas sobre os rivais, desta vez, o debate desta manhã ficou marcado pela apresentação de propostas.
Até o segundo bloco, nenhum questionamento teve como foco questões pessoais ou partidárias, também não houve bate-boca ou ânimos mais acalorados. Durante todo o evento, ocorreram apenas dois pedidos de direito de resposta, um de Wilson Santos em relação à fala de Emanuel Pinheiro, que foi concedido pela comissão organizadora, e outro de Emanuel em relação à Serys, que não foi acatado. Ambos pedidos foram relacionados à questão do Fundo de Aposentadoria Parlamentar (FAP) recebido pelo candidato do PMDB.
No primeiro caso, que ocorreu já no terceiro bloco, Wilson criticou o fato de Emanuel Pinheiro começar a receber o FAP com pouco mais de 30 anos de idade, enquanto a população comum não goza desse mesmo privilégio. Mas Emanuel rebateu dizendo que este argumento é uma medida de “desespero” da parte do tucano e que a população não iria acreditar em suas mentiras, o que levou Wilson a pedir o direito de resposta por ter sido chamado de mentiroso.
Wilson e Emanuel também discutiram entre si sobre a Revisão Geral Anual (RGA), momento em que Pinheiro acusou o governo de trair os servidores ao propor o parcelamento por mio de lei enviada diretamente ao Parlamento e ainda começar a atrasar os salários através do escalonamento. Por outro lado, Wilson defendeu que o governo não poderia ser irresponsável naquele momento diante da crise econômica que assola todo o país.
O segundo pedido de direito de resposta ocorreu porque Serys também criticou Emanuel por receber o FAP. Ele pediu para responder, mas isso não ocorreu porque a crítica não se configurou como um ataque pessoal, no entendimento dos organizadores.
Serys também acusou Emanuel de copiar suas propostas em relação ao hospital materno-infantil e à redução do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). O peemedebista, por sua vez, disse que não copiou as propostas, mas que caso seja eleito, não vê nenhum problema em aproveitar boas propostas de outros candidatos e colocá-las em prática.
Além de Emanuel, Wilson Santos também partiu para as críticas direcionadas ao Procurador Mauro. Por duas vezes durante o debate, ele chamou a atenção para controvérsias na proposta do socialista em relação à tarifa zero no transporte público. Em suas considerações finais, ele também criticou o direcionamento nacional do PSOL em relação à discussão de gênero nas escolas e disse que não vai admitir isso em seu governo, caso seja eleito.
Esse tema também foi levantado pelo analista político Alfredo Menezes, que participou do debate com perguntas aos candidatos e citou o vídeo divulgado pelo pastor Silas Malafaia, onde ele acusa o PSOL de querer legalizar o aborto, descriminalizar as drogas e instalar a educação de gênero nas escolas. Segundo Menezes, depois que o Procurador Mauro negou concordar com as orientações de seu partido por ser cristão, um representante do PSOL nacional teria vindo a Cuiabá para alinhar esses pontos. O candidato negou que tenha recebido a visita de um “interventor” do partido após ter negado concordar com o direcionamento do partido sobre temas polêmicos e defendeu que eles sejam tratados em forma de plebiscitos junto à população.