Candidato à Prefeitura de Cuiabá, o deputado Emanuel Pinheiro (PMDB) rebateu as críticas do prefeito Mauro Medes (PSB) à sua proposta de o município assumir a conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), com a ajuda da iniciativa privada.
Na última semana, Mendes questionou o conhecimento do peemedebista sobre o assunto. O prefeito disse que a Prefeitura não tem condições de assumir a obra e sugeriu que os candidatos avaliem suas propostas para não “ficar refém de suas próprias palavras”.
Ao MidiaNews, Emanuel disse que assume suas palavras e que não está fazendo promessas impossíveis de serem realizadas.
“Sou um político experiente, que assumo meus atos, assumo o que falo. A minha vida pública é pautada pelo equilíbrio, pela responsabilidade nas minhas palavras e nos meus atos. E por ser assim é que apoiei Mauro Mendes em 2012 e fui coordenar sua campanha”, disse.
“Me preocupo com o que falo, sei que vou ser cobrado lá na frente. Sei o que estou falando e vou mostrar que Cuiabá pode assumir o VLT, com a ajuda da iniciativa privada, caso o Governo continue com essa má vontade de retomar e concluir essa obra”, afirmou.
Na semana passada, Emanuel viajou ao Rio de Janeiro para gravar cenas do funcionamento do modal. Segundo ele, o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PMDB), confirmou que 80% da obra foi realizada com a ajuda da iniciativa privada.
“Se funciona no Rio de Janeiro, com tarifa acessível, imagine Cuiabá. Lá, a Prefeitura entrou com 20% e a iniciativa privada 80% do sistema. Aqui a população já pagou 70%, o inverso do Rio. E lá só faltam 30% para a conclusão”, disse.
Falar que não há interessados em fazer uma parceria com o município para terminar o VLT, eu não concordo. Existem muitos interessados. Fomos procurados
Ele ainda rebateu a tese de Mauro Mendes de que não há, neste momento de crise econômica, investidores interessados em PPP (parceria público-privada) para o transporte público.
“Têm muitos querendo conversar com Cuiabá, principalmente agora com a definição do mandato do presidente da República. O Risco Brasil vai cair e os investidores vão buscar oportunidades. E mesmo nesse período mais delicado da nossa economia, tem investidores interessados em conversar. Imagina após esse processo político ser definido”, afirmou.
“Falar que não há interessados em fazer uma parceria com o município para terminar o VLT, eu não concordo. Existem muitos interessados. Fomos procurados, tentamos fazer a interlocução, mas não houve interesse. Mas têm interessados, até porque o investimento maior já foi feito com o dinheiro público”, disse.
Segundo Emanuel, a Prefeitura não precisaria subsidiar a tarifa porque, em sua visão, os R$ 1 bilhão já investido na obra “representaria esse subsídio”.
“Respeito às declarações do prefeito Mauro Mendes. Tenho muito mais convergência do que divergência com o Mauro Mendes. Mas entre as divergências, está a questão do VLT. Concordo que a prefeitura não tem dinheiro para isso, mas a população já colocou R$ 1 bilhão nessas obras. Precisamos concluí-la”, afirmou.
“Em nenhum momento disse que a Prefeitura tem dinheiro para isso. Realmente não tem. E acho que não pode entrar mais nenhum centavo de dinheiro público no VLT, porque a população já colocou mais de R$ 1 bilhão. Agora, o Poder Público tem o dever de retomar e concluir a obra do VLT”, completou.
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