Cenário politico em Cuiabá: eleição em que os candidatos ao cargo majoritário tentam desvincular políticos corruptos

Após o prefeito Mauro Mendes (PSB), ter anunciado sua retirada da disputa eleitoral deste ano, zerando assim, a disputa para a Prefeitura de Cuiabá, (já que até as vésperas das convenções partidárias, Mendes era líder nas pesquisas), a eleição na capital, marca a tentativa dos candidatos ao cargo majoritário desvinculares dos políticos envolvidos nas 24 Operações que foram realizadas, até o momento, pela Policia FederalCivilFazendária e pelo Gaeco, no Estado.
serys, julierO deputado e candidato pelo PMDBEmanuel Pinheiro, que aparece bem nas pesquisas para ocupar a cadeira numero 1 do Palácio Alencastro, tem a "sombra" de Silval Barbosa (PMDB). Pinheiro era da base de sustentação do ex-governador e defendia o então chefe do Executivo no inicio das investigações de desvio de dinheiro publico, em 2012. Quando esteve filiado no PR, foi secretário-geral do partido e teve como correligionário Éder Moraes e o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf, ambos aliados de Silval Barbosa e presos por vários escândalos de corrupção em seu governo, e continua preso no Centro de Custodia de Cuiabá (CCC). 
Já o tucano Wilson Santos foi ungido dentro do ninho na prorrogação neste jogo de xadrez politico, para ser o candidato governista para disputar a majoritária em outubro. Embora já sob o desgaste de representar uma gestão com problemas junto ao funcionalismo publico, devido aoRGA, também terá dificuldade em desvincular do ex-secretário de Educação do Estado,Perminio Pinto (PSDB), que foi levado para trás das grades na "Operação Rêmora", que esta envolvido segundo o GAECO em pelo menos 23 obras de reforma e construção de escolas públicas que totalizam mais de R$ 56 milhões.  
mauro, renatoEm meio a este cenário de esquemas de corrupção, o Ministério Público Eleitoral(MPE) está de olho na atuação do financiamento empresarial, (que está proibido de abastecer os caixas das campanhas), que atuam como patrocinadores nas campanhas do Estado, principalmente em que oMinistério Público acredita que será o "boom" dos financiamentos paralelos deste ano: armazenamento de dinheiro em espécie e transporte de valores em aviões. 
Longe das "sombras", desponta o eterno candidato, procurador Mauro Cesar Lara (PSOL), que está na sua sexta campanha seguida, e que busca distância de políticos tradicionais. No momento aparece liderando as pesquisas, em um misto de voto de protesto. Completam a lista:Serys Slhessarenko (PRB), esta será a terceira vez que a ex-senadora deve concorrer à prefeitura de Cuiabá. Julier Sebastião (PDT) vem pela primeira vez, e já tentou em outras oportunidades mais foi barrado pelo então PMDB de Carlos Bezerra na época em que estava filiado no partido, e Renato Santana (REDE) que chega confiante em sua primeira disputa eleitoral.  
Olhar para eleição 2016, tem que enxergar 2018
As eleições em Cuiabá e nos municípios considerados polos regionais em Mato Grosso sempre foram e cada vez continua sendo mais acirradas, pois se concentram uma grande massa de eleitores e definem os rumos das eleições futuras para governador, senadores, deputados federais e estaduais. 
Cuiabá conta com 441.461 eleitores, 19,5% do eleitorado do estado que é de 2.169.030 eleitores e Várzea Grande, o segundo colégio eleitoral, com 183.011, que representa 8,1% de eleitores, assim, o Aglomerado Urbano Cuiabá/Várzea Grande representa 27,6% dos eleitores do Estado, indicando que as eleições nesses dois municípios tem uma alta representatividade  e peso politico no cenário estadual, razão pela qual todos os partidos e seus caciques tem um olhar todo especial para o que pode acontecer em outubro vindouro nessas duas cidades.
Para o professor universitário, aposentado e mestre em sociologia da UFMT, Juacy da Silva, diante deste cenário politico na capital, com dispersão de votos, haverá segundo turno, de forma polarizada entre o tucano Wilson Santos que contará com apoio do governador Pedro Taques, do vice-governador Carlos Fávaro e do presidente da Assembleia Legislativa deputadoGuilherme Maluf e um apoio meio murcho do prefeito Mauro Mendes, que não cansa de dizer que "não morre de amores por Wilson Santos", e de outro lado Emanuel Pinheiro, agora noPMDB, partido que por cinco anos esteve no poder com o governador Silval Barbosa.
"Parece que pelo andar da carruagem a balança desta corrida, por enquanto, está ligeiramente pendendo para o lado de Wilson, que assim, poderia resgatar alguns programas de sua gestão em Cuiabá e dar continuidade a outras ações do atual prefeito, mesclando com novas propostas para preparar Cuiabá que em breve estará comemorando seus 300 anos", finalizou o professor Juacy da Silva.

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