“Só daria pra ser na Arena”, diz secretário; Veja fotos e detalhes de como seria a festa

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“Só daria pra ser na Arena”, diz secretário; Veja fotos e detalhes de como seria a festa
Foram oito meses de planejamento para chegar ao que seria o ‘Festival dos 300 anos’, marcado para acontecer entre os dias 6 e 8 de abril na Arena Pantanal, em Cuiabá. Para a Prefeitura, oito meses ‘jogados fora’, já que não é possível realizá-lo em outro local.

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“Dessa forma que foi planejada, só daria pra ser na Arena, inclusive em virtude da acomodação do público, pra todo mundo ficar sentado. O evento foi todo programado pra ser assistido de cima pra baixo, e não de baixo pra cima. Ou seja, as pessoas teriam que estar em arquibancadas pra que pudessem assistir ao espetáculo da forma que foi planejado pra ser feito. Não teria condições em apenas dez dias, porque recebemos a noticia ontem, teríamos que mobilizar tudo hoje, que não seria possível, ai viria sábado e domingo, nós teríamos a partir de segunda-feira pra começar a planejar uma programação de 300 anos, que foi planejada há oito meses, é impossível”, lamentou o secretário de comunicação, Junior Leite, em entrevista ao Olhar Direto.



Segundo Junior, o governo do Estado afirmou que a festa seria no Sesi Papa, mas não havia nenhuma conversa nesse sentido. “Em nenhum momento foi discutido essa possibilidade de ir pro Sesi Papa, e nem pra nenhum outro lugar. Nós começamos a verificar, identificar um posicionamento não muito seguro em relação à Arena Pantanal, nessa semana. nós temos o protocolo solicitando a Arena Pantanal ao governo do Estado desde o dia 3/10/2018. Ou seja, outubro do ano passado. Ainda nem havia saído o calendário do mato-grossense deste ano”, conta.

Depois disso, a Prefeitura chegou a realizar visitas técnicas, e, segundo o secretário, foi feito um planejamento pra que o gramado não fosse prejudicado de forma alguma. Mesmo assim, na última quinta-feira (21), o Governo atendeu a notificação do Ministério Público Estadual, em razão do temor de que o evento causasse danos ao gramado da Arena. O evento teria shows de Leonardo, Zezé de Camargo, Jota Quest e Chitãozinho e Chororó, dentre outros, com entrada gratuita.

Além destes shows, haveria também uma projeção mapeada no gramado, contando a história da capital, um show de luzes e tecnologia. “Foi um projeto pensado para a Arena. E pra mim, a mensagem que foi dada é que a Arena Pantanal foi construída somente para futebol”, lamenta Leite. “Qual evento seria mais importante do que os 300 anos? Se vier um show do U2 é mais importante que um show pra comemorar os 300 anos da cidade? Eu não consigo imaginar que existe nenhum outro motivo que seria mais importante que isso. Então a gente consegue entender que a Arena Pantanal não vai ser uma arena multiuso, e que ela é sim um palco para futebol”.



O Festival 300 anos já contava, também, com mais de 400 voluntários inscritos para trabalhar os três dias de evento, e patrocinadores e fornecedores empenhados em sua realização. “É frustrante pra todos nós que trabalhamos e toda equipe da Prefeitura, todos os envolvidos, a Secretaria dos 300 anos, a Secretaria de Cultura, a equipe da Secretaria de Comunicação, que se doou nesse período no planejamento desse vento, e para o prefeito Emanuel Pinheiro. É muito frustrante a gente construir algo que vai dar acesso a milhares de pessoas poderem celebrar a existência da sua cidade num ano tão único, tão emblemático, e ai faltando dez dias ter que cancelar tudo, parar tudo. É muito frustrante”, lamenta.

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