Guerra verbal Mendes se sente ofendido e diz pra prefeito parar de "papagaiada"

Bate-boca entre governador e prefeito esconde caos na saúde do estado

Se a saúde de Mato Grosso depender do governador Mauro Mendes (DEM), a população ainda vai penar bastante. O gestor, que tem a oportunidade de resolver alguns gargalos, como a Santa Casa, por exemplo, que está com as portas fechadas por falta de repasse, preferiu, antes, começar um bate-boca com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) - como forma de distração -, para empurrar o problema com a língua.
Nesta quarta (21), Mendes deu uma entrevista para falar sobre as soluções que o governo teria para a saúde do estado, mas preferiu chamar atenção desferindo 'golpes verbais' no prefeito cuiabano, a quem trata como rival político. Emanuel havia sugerido uma reunião para tratar de maneira séria sobre o fechamento da Santa Casa e sugeriu que o encontro fosse "Sem veneno".  Mendes não gostou.
“Ele [Emanuel], precisa parar de papagaiada”, disse o governador, demonstrando uma ponta de rancor com gestor da capital. Com o melindre de criança birrenta, e nenhuma postura de estadista, Mendes tascou um "Foi ele que começou", ao deixar claro que não gostou de ter sido convidado por Emanuel para conversa com a insinuação de que tenha alguma maldade.
O jogo de palavras nada cerimonioso para um gestor do porte de quem governa um estado, acabou tendo mais destaque do que alguma eventual resposta para os reais problemas da saúde.
Atrasos
Mauro Mendes tem deixado a desejar no repasse para os municípios, e não é só na área da saúde. Tanto que até hoje não teve coragem de receber nenhum dos 140 prefeitos individualmente, como ele mesmo admite. Apenas o prefeito da capital foi atendido, por força da contingência e a humildade de Emanuel em ir buscar apoio do governo para resolver os problemas de Cuiabá.
A birra do governador, no entanto, acabou saltando do seu gabinete, e a explicação, segundo fontes palacianas, é que Mauro se sente humilhado todo mês quando Emanuel vai nas redes sociais anunciar que o salário dos servidores será pago dentro do mês. "A comemoração de Emauel aperta o calo do governador", garante a fonte.
Emanuel já chegou a pagar salário até no dia 24, e no mês de fevereiro, que só tem 28 dias, o funcionalismo público municipal passou o carnaval com dinheiro no bolso, enquanto Mauro Mendes estava escalonando o pagamento para os servidores do executivo estadual, e deverá encerrar o mês de março completando um mês inteiro de atraso. Além de não pagar servidores, retirar direitos, acabar com RGA e não cumprir nenhuma das promessas de campanha, em menos de dois meses de gestão o governador decretou estado de calamidade financeira no estado.
A papagaiada, neste caso, é de quem está tentando desviar a atenção desses problemas.

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