O candidato ao governo Wellington Fagundes (PR) afirma que o homem público não pode temer investigação. “Quero continuar trabalhando e ser muito investigado, o político que tiver medo de ser investigado não pode ser político”, dispara o republicano em visita à sede do
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A afirmação do senador foi em resposta ao questionamento sobre processo e investigações envolvendo o nome dele. Wellington foi citado em pelo menos três casos que vieram à tona nos ultimos tempos, como delação do ex-governador Silval Barbosa, caso dos portos e a Operação Sanguessugas - neste caso o parlamentar é réu sob acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Wellington nega envolvimento em todos eles.
Gilberto Leite
Candidato Wellington Fagundes é réu em ação no STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; na esfera cível, o senador teve acusação arquivada
Em relação à delação de Silval, que o acusa de cobrar propina de R$ 1 milhão para garantir a liberação de recursos para duas obras de infraestrutura em Mato Grosso. Wellington, que era deputado federal à época, teria trabalhado para liberar recurso.
Quando o Ministério do Turismo atrasou repasses, o republicano teria procurado o proprietário da Trimec, Wanderley Torres, responsável pela obra BR-364 até o distrito de São Lourenço, em Rondonópolis. Na ocasião, pediu propina de R$1 milhão para assegurar a liberação dos recursos e orientou a procurar a Calvaca para cobrar a outra empreiteira que era responsável pela duplicação da MT-251 (rodovia Emanuel Pinheiro).
Na delação premiada, Silval declara que Wanderley fez pagamentos para Wellington. No entanto, não soube precisar o valor nem se o político repassou para o Ministério do Turismo ou ficou para si.
O candidato nega que tenha sido sitado por ter cobrado propina para si. Sustenta que foi pedir ajuda para campanha eleitoral, na qual era permitida doação de empresa privada. “Se eu te ajudei é normal que me ajude agora, como uma mão lavando a outra e as duas lavando o rosto. Era a regra”, esclarece o republicano.
Portos
Em relação ao caso dos portos, no qual Wellington seria suspeito de ter atuado como lobista de empresas do setor portuário, o senador explica que a única relação a ele é uma gravação em que o republicano fala sobre o decreto dos portos - para a prorrogação da concessão - estaria pronto para ser assinado. “Eu disse que estava pronto, porque esse decreto foi construído por um grupo de trabalho, tivemos mais de quarenta reuniões entre o governo a frente parlamentar e o setor empresarial”, justifica o senador que é presidente da Frente Parlamentar de Logística, Transporte e Armazenagem.
Wellington Fagundes “Quando mais quiser investigar, tem que investigar
Sobre a Operação Sanguessugas, em que o STF recebeu a denúncia por corrupção passiva, Wellington é suspeito de recebimento indevido de valores no período entre 2001 e 2006, o que teria ocorrido em troca da assinatura de emendas parlamentares autorizando convênios entre União e municípios para a aquisição de ambulâncias.
O senador, munido de uma certidão da Justiça Federal, disse que o juiz José Pires da Cunha, em 2007, rejeitou a ação por improbidade administrativa. A ação criminal no STF, no entanto, está parada. A última movimentação é de junho deste ano. “Sofri acusação de que tinha emendas executadas, mas não tenho. Tudo está publicado no diário da União".
Wellington lamenta que as apurações demoram demais e isso acaba expondo as pessoas. “Quando mais quiser investigar, tem que investigar. Infelizmente as pessoas entendem que denunciado já é culpado”.
O candidato lidera a coligação “A Força da União”, formada por PR, PV, PRB, PCdoB, PP, PTB, PT, Pros, PMN e Podemos.
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