PF: megatraficante fez depósito para empresa alvo da Bereré

Luiz Carlos da Rocha foi preso pela Polícia Federal em Sorriso, no ano passado

O traficante Luiz Carlos da Rocha, o "Cabeça Branca", foi preso em Mato Grosso
LEANDRO PRAZERES 
DO UOL

A PF (Polícia Federal) no Paraná constatou que uma empresa suspeita de distribuir propinas a políticos recebeu, em 2016, pelo menos R$ 283 mil em depósitos feitos a pedido do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido como o "embaixador do tráfico" e "cabeça branca". 

Luiz Carlos da Rocha é apontado como um dos maiores fornecedores de drogas para facções como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho). 

A empresa investigada pela PF é a Fama Serviços Administrativos. A Polícia Federal e o Ministério Público a investigam, por motivos diferentes, no Paraná e em Mato Grosso.

Neste último, as investigações conduzidas pelo MPMT (Ministério Público local) apuram se a empresa era usada como distribuidora de propina a políticos do Estado.

No Paraná, a PF e o MPF (Ministério Público Federal) querem descobrir o que levou Rocha a ordenar os depósitos na conta da empresa e saber se os sócios da Fama conheciam a origem do dinheiro do traficante.

Reprodução UOL





Ligação com o "embaixador do tráfico"


Os policiais federais chegaram à Fama após a deflagração das operações Spectrum e Efeito Dominó, conduzidas pelo Gise (Grupo de Investigações Sensíveis) da PF em Londrina, no Paraná.

Em julho de 2017, a Operação Spectrum resultou na prisão de Rocha em Sorriso (MT), onde ele vivia disfarçado como fazendeiro. Em maio deste ano, a Operação Efeito Dominó prendeu doleiros utilizados por Rocha para lavar o dinheiro do tráfico. Entre os presos está o doleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará. 

Na ocasião, o delegado responsável pela operação, Roberto Biasolli, disse que havia indícios claros de que dinheiro do tráfico de drogas pode ter sido utilizado para pagar propina a políticos.

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