HERANÇA MALDITA Pedro Taques relembra tempo para corrigir erros de Silval, mas diz ter olhado para o futuro


Candidato à reeleição, o governador Pedro Taques (PSDB) admite que apesar de ter feito uma administração "olhando para o retrovisor" e responsabilizando seu antecessor Silval Barbosa pelos principais problemas no Estado, sua gestão também foi pautada pelas ações visando o futuro.
“As auditorias que fizemos em 2015 estão na delação do ex-governador. Isso mostra que fizemos a coisa correta”, sustenta o tucano, durante entrevista à Rádio Jovem Pan, nesta segunda (20).
José Medeiros
Pedro Taques
Pedro Taques, em entrevista à Rádio Jovem Pan, nesta segunda, diz que apesar de ter feito auditorias, cuidou para que dinheiro desviado fosse revertido
Taques explica que em seu governo, o Estado conseguiu recuperar R$ 1 bilhão da corrupção, em razão de empresas que não pagavam impostos ou que fizeram acordo de leniência (uma espécie de delação para as empresas). 25% desse valor foi para os municípios. Além disso, segundo o governador, o Executivo economizou R$ 1,2 bilhão advindos da reforma administrativa. “Isto mostra que fazemos auditorias, mas nós olhamos para o futuro”.
Desde que assumiu o governo, em janeiro de 2015, o tucano foi criticado pela oposição e ex-aliados de fazer uma gestão pautada pela situação deixada por Silval. Seus principais adversários Mauro Mendes (DEM) e Wellington Fagundes (PR) são alguns dos que afirmam que Taques não pode apenas olhar para o passado.

Nós passamos 50% do tempo consertando erros da administração passada

Pedro Taques
Em relação ao futuro, Taques cita investimentos na área da agricultura familiar, bem como a concessão de rodovias. Lembra da reformulação do Prodeic que evitou dar privilégios a determinadas empresas. “Cortamos incentivos fiscais aos amigos do rei. Sou a favor dos incentivos fiscais corretos. Isso é pensar no futuro”.
O governador lembra ainda da PEC do Teto dos Gastos Públicos, que foi aprovada no fim do ano passado, para Mato Grosso se enquadrar no Regime de Recuperação Fical elaborado pelo governo federal, prevendo folga no caixa de até R$ 1,3 bilhão em dois anos com a renegociação da dívida.
De acordo com o gestor, com o ajuste fiscal será possível fazer os investimentos corretos para seguir em frente. “Nós passamos 50% do tempo consertando erros da administração passada. Desde do início estou falando isso, infelizmente, para algumas pessoas, não caiu a ficha ainda”.

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