RETORNO “SEM PROPÓSITO” Analista: “Emanuel representa política antiquada, do ‘compadrismo’"

 

O analista político Onofre Ribeiro, que avaliou a situação vivida pelo prefeito afastado Emanuel Pinheiro

O jornalista e analista político Onofre Ribeiro afirmou que o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB) representa uma política “antiquada”, de “favorecimento” e do “compadrismo”. Para o especialista, essa forma não é mais tolerada pelos eleitores.

  

“A história brasileira foi feita por uma política muito fisiologista, muito oportunista, política antiquada para o momento atual. E o prefeito Emanuel é dessa linha da política antiga, do fisiologismo, favorecimento, do 'compadrismo': 'É meu compadre, pode tudo. É meu inimigo, não pode nada'”, afirmou.

 

A história brasileira foi feita por uma política muito fisiologista, muito oportunista, política antiquada para o momento atual

“É um estilo de política que está morrendo. A gestão pública hoje não é mais possível fazer igual antigamente. Que me perdoe Emanuel Pinheiro, mas é um político de um tempo que está acabando”, emendou.

 

Emanuel foi afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça no último dia 19 de outubro, durante a Operação Capistrum, deflagrada pelo Ministério Público Estadual. A operação investiga supostos crimes na Secretaria Municipal de Saúde. 

 

No dia 27 daquele mês, Emanuel sofreu um novo afastamento, determinado pela Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, desta vez, por 90 dias.

 

"Mandato sem propósito"

 

Em razão de não "reciclar" suas ideias e das recentes operações contra o emedebista, Onofre avaliou que Emanuel deve ter um futuro político "bem difícil".

 

Para o analista, o tempo de afastamento do emedebista dará "estofo" ao prefeito em exercício José Roberto Stopa (PV).

 

“A cidade está sem prefeito. Ele [Stopa] vai ficar 90 dias, a princípio. Isso porque a Justiça é muito conveniente. Julga segundo a conveniência ou do tamanho do Pix”. 

 

“Mas se Stopa ficar 90 dias, as chances de Emanuel ficam muito reduzidas. O Stopa vai ter que governar, vai estabelecer uma dinâmica nova, e a volta do Emanuel fica bem difícil. Ou ficará [Emanuel] só para cumprir um resto de mandato, mas sem propósito”, completou. 

 

"Rompimento inevitável"

 

Para Onofre, Stopa e Emanuel devem romper a relação em breve. Ele acredita que isso é inevitável.

  

“O rompimento é inevitável. Porque toda às vezes que entra um vice, ele vai ter que seguir a dinâmica dele, e ele não tem os mesmos compromissos e comprometimentos do anterior e vai ter que estabelecer seus acordos, sua nova dinâmica. E quem saiu, vai ficar muito bravo”, analisa.

 

“[...] Ainda mais agora nessa pandemia que estamos com os nervos à flor da pele, vejo um rompimento rápido entre Stopa e Emanuel. E vou dizer uma coisa: quem vai ganhar a ‘parada’ vai ser o Stopa, porque ele é novo. [...] Você vai reparar que daqui duas ou três semanas surge o rompimento", completou.

 

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Fonte: MidiaNews
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