Vereadora diz que Emanuel usa decreto para se eximir de responsabilidade por aumento de casos
A vereadora de oposição Michelly Alencar (DEM) classificou como “prematura” e "duro golpe ao setor de eventos" o decreto do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) que limitou a capacidade de público em eventos esportivos e artísticos.
A medida de Emanuel libera 30% da capacidade de público e exige comprovante de vacina para ingresso em tais locais. A justificativa apontada pelo Município foi a nova escalada de casos da Covid-19.
“O setor de eventos não pode ser mais uma vez penalizado. Mais uma vez, o Executivo está atribuindo essa responsabilidade de que o setor de eventos é o responsável por essa proliferação do vírus”, disse.
“E a verdade é que as ações efetivas da Prefeitura não estão funcionando. Acredito que foi uma medida prematura, foi uma medida dura para o setor”, acrescentou.

A verdade é que as ações efetivas da Prefeitura não estão funcionando. Acredito que foi uma medida prematura, foi uma medida dura para o setor
As críticas foram feitas pela vereadora nesta quinta-feira (3), quando do retorno das atividades no Parlamento cuiabano.
Segundo Michelly, o setor foi o mais afetado economicamente pela pandemia e apenas agora começava a se reerguer.
“O setor foi duramente impactado, sofreu economicamente e com desemprego e o impacto não foi apenas na vida dos empresários, mas na economia local. E aí quando eles começam a se reerguer vem novamente um decreto desses que mexe diretamente com toda a estrutura e planejamento econômico da nossa cidade”, disse.
A vereadora defendeu que a Prefeitura deveria estar se preocupando em comprar testes e garantir o abastecimento e funcionamento das unidades de saúde.
“Deveria estar se preocupando em ampliar as ações, porque até hoje a gente não temos os medicamentos adequados, não tem médicos suficientes. Mas ela está se preocupando em emitir decreto que penaliza o setor de eventos. É muito contraditório”, criticou.
“Tem penalização e não tem contrapartida para o setor de eventos. É preciso equilíbrio. Não adianta você penalizar o setor de eventos se você não der uma contrapartida para que ele continue subsistindo”, completou.
Aglomerações
Apesar de concordar que uma das medidas de biossegurança que devem ser tomadas para evitar a proliferação do vírus é evitar aglomerações, Michelly salientou que o decreto não delimita o número de pessoas, apenas a capacidade de um determinado espaço.
“Festas de 50 a 30 mil pessoas vão ser proibidas. Então, um aniversário de um ano de uma criança, no salão de festas de um condomínio, por exemplo, não vai poder ter, e é uma família ali. São decretos que não delimitam exatamente o que precisa ser feito”, afirmou.
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