MP defende que atiradora volte a ser "presa" por morte da amiga em Cuiabá

 ALPHAVILLE-ISABELI.jpg

 

Próximo de completar três meses da decisão monocrática do desembargador Rui Ramos, que determinou a soltura da garota de 15 anos que matou a amiga com um tiro no rosto, em Cuiabá, o Ministério Público Estadual (MPE) se manifestou contrário à medida. Em parecer emitido no habeas corpus impetrado pela defesa da acusada, o órgão acusador defende que ela volte a ser internada no Centro Socioeducativo de Cuiabá, no Complexo do Pomeri.

A vítima, Isabele Guimarãres Ramos, de 14 anos, foi morta na noite do dia 12 de julho deste ano numa  mansão no condomínio de luxo Alphaville 1, em Cuiabá, empreendimento onde estão localizadas as residência de ambas as famílias, ou seja,  tanto da vítima como da acusada.  

Ao término da investigação conduzida pela Polícia Civil a acusada foi alvo de um pedido de internação no Centro Socioeducativo de Cuiabá feito pelo Ministério Público Estadual que foi acolhido pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara da Infância e da Juventude. A internação seria de 45 dias, mas a menor não chegou a permanecer 24h no local.

Isso porque ela foi levada para a unidade na noite do dia 15 de setembro e na manhã seguinte, quarta-feira (16), ela deixou o Complexo do Pomeri beneficiada pelo habeas corpus concedido pelo desembargador Rui Ramos Ribeiro, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Como o Tribunal de Justiça ainda precisa julgar o mérito do HC, foi solicitada a manifestação do Ministério Público, que por sua vez, defendeu que seja restabelecida a internação. Na prática, o MP defende que seja revogada a liminar que autorizou a soltura da acusada. O Ministério Público não divulgou o teor do parecer porque o processo tramita em segredo de justiça pelo fato de a acusada ser menor de idade.

HOMICÍDIO DOLOSO

A morte de Isabele Guimarães, que ganhou destaque nacional em diversos veículos de comunicação, desde TVs a portais de notícias, foi classificada pela Polícia Civil como homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar ou se assume o risco, conforme constou no inquérito presidido pelo delegado Wagner Bassi da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA). Ele indiciou a atiradora por ato infracional análogo a homicídio doloso e o pai dela por homicídio culposo.

0 comments:

Postar um comentário

SITE SITE CUIABÁ FOCO MT