Vereador Abílio faz novo "barraco" e polícia é acionada



O vereador Abílio Júnior aprontou mais um 'barraco' na Prefeitura de Cuiabá, dessa vez na sede da Secretaria Municipal de Saúde, e policiais tiveram que ser acionados para conter o que foi apontao como assédio moral contra servidores. Segundo relato, Abílio barrava servidores para perguntar quem tinha indicado cada um, o que causou constrangimento nos servidores. Abílio alega que foi cerceado no seu direito de fiscalizar o poder público.
Seu colega de parlamento, Paulo Araújo (PP), no entanto, revelou o outro lado da 'diligência' de Abilinho, como é chamado. Araújo disse que a Lei Orgânica do Município de Cuiabá, em seu artigo 11, inciso IX, autoriza a Câmara dos Vereadores a fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, permitindo,  inclusive, livre acesso e trânsito dos vereadores, durante o horário de expediente, em todos os órgãos ou repartições do Município, podendo diligenciar-se pessoalmente junto aos responsáveis no momento da diligência para fiscalizar, coletar ou copiar no local ou em outro que vier
 
a ser autorizado pela autoridade administrativa competente informações ou documentos de interesse público.

A lei não dá o direito ao vereador de ser arrogante, irônico, sarcástico e desrespeitoso

Por outro lado, afirma Araújo, a lei não dá o direito ao vereador de ser arrogante, irônico, sarcástico e desrespeitoso, como teria sido a atitude de Abílio durante a fiscalização na SMS.
Segundo Paulo Araújo, a denominada fiscalização realizada por Abilio, não passou de uma verdadeira encenação, explorando imagens de forma aleatória, expondo, assediando, ridicularizando os servidores da saúde, tumultuando o ambiente de trabalho, sem saber ao menos o que deseja analisar, fiscalizar.
"Quer fiscalizar. Quer controlar. Faça. Mas faça de maneira respeitosa e não leviana, objetivando apenas sensacionalismo. Os Servidores merecem respeito. A população também. Demonstre com clareza e de forma objetiva o que pretende fiscalizar, solicite os documentos por escrito de preferência, sem exposições, sem filmagens, até porque nobre colega, expor imagens de pessoa sem autorização viola os ditames da lei, passível inclusive de indenização por danos morais", detonou o progressista.   
Histórico
Essa não é a primeira confusão que Abílio arruma em prédios do Executivo. No início do mandato ele derrubou paredes da Câmara de Vereadores a marretadas. Em abril promoveu um escarcéu na secretária de Inovação e Comunicação (Sicom), fazendo inclusive funcionários chorarem com o constrangimento.
Outro Lado
A secretária de Saúde de Cuiabá divulgou nota afirmando que a pessoa que acionou a PM não é servidora da pasta. Ressalta o direito dos vereadores em acessar as informações. Pontua também que o secretário interino Huark Douglas se prontificou a recebê-lo, mas Abílio não aceitou o convite.
Leia, abaixo, a íntegra da nota:
Vereadores são pessoas eleitas pelo povo e, por meio da legitimidade do voto, tem suas funções e atribuições. Em visita realizada nesta quarta-feira, 06, à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, o vereador Abílio citou um artigo da Lei Orgânica do Município para justificar sua presença no local, a fim de fiscalizar o exercício de atividades do poder público. O vereador foi convidado a comparecer ao gabinete do Secretário Municipal de Saúde, que se prontificou a recebê-lo prontamente e disponibilizar as informações que ele requeria, mas o convite não foi atendido. Ele foi recebido na sala de Recursos Humanos da Secretaria pelo responsável pela assessoria jurídica e o responsável do RH, que responderam suas dúvidas. O vereador solicitou documentos da Secretaria, aos quais ele tem todo o direito de ter acesso desde que tenha autorização da autoridade local, de acordo com a Lei Orgânica. Mas neste caso, como não atendeu ao convite do Secretário, que estava à sua espera, os documentos não foram disponibilizados. Em relação à presença dos policiais, a Secretaria Municipal de Saúde informa que não tem conhecimento sobre a pessoa que fez o chamado à polícia e que, pelo nome que foi informado, a pessoa não é servidora da Secretaria.

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