Prefeito diz que governo e Ministério da Saúde devem ajudar a Santa Casa porque 70% dos pacientes são do interior de MT


Emanuel Pinheiro (MDB) disse que o problema não é só do município. Unidade está de portas fechadas há mais de um mês devido a uma crise financeira e dívidas que ultrapassam a R$ 100 milhões.


Por G1 MT

22/04/2019 16h15 Atualizado há 4 horas




Emanuel Pinheiro (MDB), prefeito de Cuiabá — Foto: Secom/ Prefeitura de Cuiabá



O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse, durante a visita do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, à capital, nesta segunda-feira (22), que a reabertura da Santa Casa de Misericórdia depende da ajuda financeira do governo do estado e do governo federal, por meio do Ministério da Saúde.


A unidade está de portas fechadas há mais de um mês devido a uma crise financeira e dívidas que ultrapassam a R$ 100 milhões.


Para o prefeito, o apoio é fundamental já que 70% dos pacientes atendidos no hospital filantrópico são do interior de Mato Grosso.


"Primeiro, preciso de um apoio concreto do governo. Até porque 70% dos pacientes da Santa Casa são do interior do estado. Segundo, o Sistema Único de Saúde (SUS) é universal, então, precisamos do apoio do Ministério da Saúde, senão eu posso prejudicar Cuiabá com isso. Eu não posso e não vou fazer isso com a população cuiabana", declarou.


Ele explicou que a Santa Casa teve uma grave crise de gestão interna e que tem dívidas com a prefeitura. "Não posso trazer os problemas de uma instituição privada para dentro da prefeitura. A prefeitura já tem seus problemas e compromissos com a população", enfatizou.


Funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá já fizeram vários protestos em frente ao hospital — Foto: Felipe/ Arquivo pessoal


A crise na Santa Casa se agravou no ano passado, com quatro greves de funcionários por falta de pagamento de salários. À época, houve um impasse entre a prefeitura e a direção da unidade.



O então diretor da Santa Casa dizia que estava à espera de recursos oriundos das emendas parlamentares e fundos que somavam mais de R$ 17 milhões e que ainda não tinham sido repassados pela prefeitura.


De outro lado, a prefeitura alegava que tem dívidas a receber e que não poderia fazer mais nenhum repasse de verba.


Agora, são seis salários em atraso. Várias campanhas estão sendo feitas por voluntários que buscam ajudar os funcionários que estão sem receber salários.

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