
Rumores dão conta de que o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia, preso em 30 de março, durante a segunda fase Operação Sangria, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), tenta firmar acordo de colaboração premiada e denunciar todo esquema de fraudes em licitação na saúde municipal.
Na mira, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), nesta sexta-feira (12), na sessão solene em comemoração aos 300 anos de Cuiabá, na Assembleia Legislativa, disparou “ eu quero é que delate”, dando a entender que não teria nada a temer quanto à colaboraç.
“Eu quero é que delate. Eu quero que quem tenha o que falar em qualquer esfera (municipal, estadual ou federal), delate e prove, principalmente, prove. Não tenho qualquer preocupação, sou o maior interessado para que tudo se esclareça. E esse episódio da Operação Sangria, todo ele é do passado. Nada tendo a ver com a minha gestão. Mas, eu quero que a leviandade não seja uma prática”, disse o prefeito emedebista Emanuel, durante sessão solene na Assembleia Legislativa que comemorou os 300 anos de Cuiabá, nesta sexta-feira.
Na ação deflagrada pela Polícia Civil, foram presos novamente além de Huark, Fábio Liberali, Fábio Taques, Kednia Iracema Servo, Luciano Correia, Fábio Taques Figueireiro. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande.
Conforme investigação da Delegacia Fazendária, que ofereceu a denúncia contra os réus – transformada em ação penal – os seis investigados fizeram parte de uma organização criminosa para monopolizar a saúde em Mato Grosso, por meio da prestação de serviços médicos hospitalares.
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
Segundo a apuração, a organização mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado.
Na investigação ficou demonstrado que a organização criminosa, chefiada por médicos, vinham já há um certo tempo deteriorando a saúde pública de Cuiabá e do Estado de Mato Grosso.
E levantamento reallizado pela Central de Regulação de Cuiabá, em 2017, aponta que 1.046 pessoas aguardavam por uma cirurgia cardíaca de urgência e outras 390 por um procedimento cardíaco eletivo.
Nesta terça-feira (9), a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido liberdade a Huark por conta de forte influência política do ex-secretário de Emanuel Pinheiro.
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