
Em regime semiaberto desde 2018, o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, aos poucos, tenta retomar a sua vida social. Ainda que tenha que usar um equipamento, por assim dizer, incômodo – a tornozeleira eletrônica.
A liberdade condicional do “Comendador” já dura um ano e foi concedida após ele passar 15 anos na prisão, acusado de assassinato. JAR costuma ir a supermercados e lojas. Só não pode (ainda) frequentar as baladas.
Ontem, o ex-bicheiro foi ao velório do ex-prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PTB), em Cuiabá. Nos anos 80 e 90, no auge de sua atuação como líder do crime organizado, ele era presença obrigatória em eventos fúnebres e sociais.
Nessa época, conforme conta a história, João Arcanjo era presença constante em comitivas de políticos – em especial, candidatos a prefeito e a governador. O então bicheiro, dizem, apadrinhou muitas candidaturas.
O reinado de Arcanjo teve um ponto final em 2003, com a Operação Arca de Noé, idealizada pelo então procurador da República em MT, Pedro Taques. O “big boss” do crime organizado foi preso no Uruguai, no começo daquele ano.
O caso que levou à prisão do “Comendador” começou a ser investigado em 1997, quando Taques recebeu da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a dica de que um bicheiro liderava o crime organizado em MT. Seu nome: João Arcanjo Ribeiro.
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