Emanuel Pinheiro (MDB) "Não se pode colocar sobre os ombros de Cuiabá o problema de uma instituição privada", afirma prefeito



O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não descarta a possibilidade de intervenção da Prefeitura de Cuiabá na Santa Casa de Misericórdia. Porém pondera que a medida precisa de apoio do governo do Estado e do Ministério da Saúde. “Não se pode colocar sobre os ombros de Cuiabá o problema de uma instituição privada”, alerta.
Alan Cosme/HiperNoticias
Emanuel pinheiro

Pinheiro informou que não há previsão de reabertura das portas do hospital, mas que o Município tem se empenhado em buscar solução para que os atendimentos sejam retomados. “Todos temos o compromisso de não deixar a Santa Casa fechar”, disse em evento realizado no Sesc Arsenal, na manhã desta segunda-feira (22).
“Uma possível intervenção deve ser precedida de um envolvimento direto e seguro do governo do Estado, até porque 70% dos pacientes da Santa Casa é do interior do estado, e do Ministério da Saúde, porque a saúde pública é universal. Havendo essa garantia, precisamos estudar bastante para resguardar Cuiabá e resguardar o prefeito também”, explicou.
Além de citar as condições para a intervenção, o gestor fez questão de frisar que a Santa Casa não é uma unidade pública. Que Cuiabá tem pendência em relação à saúde pública e não pode assumir mais essa responsabilidade, que é a crise no filantrópico.
“Quero deixar bem claro para a população que a Santa Casa é uma instituição privada, que teve sério problema de gestão interna, que a levou a quase falência. Não posso levar esse problema de má gestão para a prefeitura, que já tem muitos problemas relacionados a saúde pública. Estamos à disposição para ajudar a Santa Casa, qualquer coisa diferente disso vai depender de apoio, de recursos. Não posso puxar para dentro da prefeitura uma crise da qual Cuiabá não tem nenhuma culpa”, declarou.
De acordo com o prefeito, a prefeitura contrata serviços da Santa Casa e paga pelo atendimento fornecido à comunidade. Ressalta que a instituição deve R$ 24 milhões para o Município.
“Todos unidos temos o compromisso de não deixar a Santa Casa fechar. Não se pode colocar sobre os ombros de Cuiabá os problemas de uma instituição privada. Já pensou se o Hospital Geral fecha? Santa Helena fecha, Hospital do Câncer fecha? A culpa é de Cuiabá? A prefeitura contrata os serviços e paga em dia. A Santa Casa deve R$ 24 milhões para Cuiabá”, afirma.
A Santa Casa está fechada desde o dia 11 de março, após greve dos funcionários que não recebem salários há sete meses. Houve tentativa de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto a Prefeitura e o Ministério Público Estadual (MPE), mas sem sucesso.
Desde o fechamento, os funcionários realizaram protestos em frente à unidade, mas sem avanço em acordo junto à direção da unidade, com a nova diretoria que foi trocada esse mês a fim de melhorar o relacionamento com os trabalhadores.

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