Desembargador se declara suspeito e processo da Bereré terá novo relator

TJ
Rondon Bassil Dower Filho
Esposa de Rondon Bassil Dower Filho tem parentesco com o advogado de um dos réus
O desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça, declarou suspeição para julgar a ação relativa à segunda fase da Operação Bereré, apelidada de Bônus. O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o desvio de mais de R$ 30 milhões em um contrato do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para registro dos financiamentos de veículos no Estado.
De acordo com a decisão, publicada na segunda (22), a esposa do magistrado tem parentesco com o advogado de um dos 52 réus da ação. Com a decisão, a ação deverá ser distribuída a outro desembargador. Esta é a segunda vez que o julgamento troca de mãos. O desembargador José Zuquim Nogueira, relator do caso inicialmente, não faz parte do Órgão Especial, que irá julgar a ação, e por isso houve redistribuição no início de abril.
Segundo o MPE, o grupo, incluindo sete deputados à época da denúncia, teria fraudado o contrato do Detran com a EIG Mercados (antiga FDL Fidúcia) e lavado o dinheiro por meio da Santos Treinamentos.
Os valores desviados teriam ido parar nas contas de assessores de deputados e ex-deputados como Mauro Savi (DEM), apontado como um dos líderes do esquema até 2014, Eduardo Botelho (DEM), José Domingos Fraga (PSD), Wilson Santos (PSDB), Baiano Filho, Nininho (PSD) e Romoaldo Júnior (MDB). O ex-deputado federal Pedro Henry, o ex-governador Silval Barbosa e o ex-presidente do Detran Teodoro Moreira Lopes também são apontados como parte do núcleo de liderança.
A partir da eleição de Pedro Taques, em 2014, o ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques teria passado a liderar o esquema por meio de José Kobori, empresário contratado para administrar a EIG Mercados.
Mauro Savi e Paulo Taques, além do advogado Pedro Jorge Zamar Taques e dos empresários Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos e Kobori, foram presos na deflagração da Bônus em maio de 2018, mas respondem em liberdade atualmente.

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