
Terceira testemunha a depor sobre o caso Scheifer, Herbe Rodrigues da Silva, no Fórum de Cuiabá, disse ter visto a evidência de "fogo amigo", no dia seguinte a morte do tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Carlos Henrique Paschiotto Scheifer.
"No dia seguinte eu fui na funerária e vi o colete usado pelo tenente. A perfuração estava de baixo para cima. Por causa das evidências surgiu a suspeita do fogo amigo", afirmou Herbe ao contestar as ações dos subordinados da vítima.
"Se eu tô numa região de mata, não seria coerente pegar a pessoa. Poderia ser atingido também. Deveria ter uma cobertura. O protocolo estava incoerente não fazia sentido. A forma como o colete foi perfurado se verificou que foi próximo esse disparo", complementou.
Cinco testemunhas foram arroladas pelo Ministério Público Estadual para prestarem depoimento acerca da morte do tenente na tarde desta quarta-feira (3).
Pelo crime de homicídio triplamente qualificado são réus: Lucélio Gomes Jacinto, Joailton Lopes de Amorim e Werney Cavalcante Jovino. A audiência é presidida pelo juiz titular da 11 Vara Criminal Militar, Marcos Faleiros. Tendo como juízes militares o coronel Nerci Adriano Denardi, capitão Marcos Gomes de Freitas, capitão Marco Antonio Souza e tenente Felipe Souza.
Scheifer foi morto, em maio de 2018, durante operação de busca a suspeitos de assalto a banco, conhecido como Novo Cangaço. Inicialmente foi informado que Scheifer teria sido atingido por bandidos.
Porém, uma perícia técnica comprovou que foi do fuzil do cabo Jacinto que saiu o disparo que atingiu o tenente do Bope. Joailton e Werney foram cúmplices ao dar a versão sobre a morte no confronto.
Ao MPE, testemunha disse que na ocasião não apontou os policias como suspeitos porque não podia fazer "juízo de valor". Porém que após ser identificado essas evidências o comandante regional da PM já havia falado sobre fazer o levantamento das suspeitas.
Herbe também disse que foi o primeiro a chegar no hospital em Matupá e viu o momento em que Scheifer recebeu o primeiro atendimento já com poucos sinais de vida e aspecto pálido.
"Estava com cor branca além do normal. Fiquei na sala durante 30 minutos da tentativa de reanimação. Ele chegou praticamente sem vida e ouvi os funcionário dizendo que era praticamente impossível reanima-lo pela quantidade de sangue que havia perdido", afirmou.
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