“BOI DE PIRANHA” “Emanuel jogou dinheiro no lixo e tenta culpar ex-secretário”

Diego Guimarães é autor do pedido de abertura de uma comissão processante contra o prefeito
O vereador Diego Guimarães, que apontou negligência do prefeito

O vereador Diego Guimarães (Progressistas) acusou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de “jogar dinheiro fora” e tentar responsabilizar o ex-secretário Júnior Leite por erros supostamente cometidos por sua gestão.

“Muito fácil lavar as mãos com relação aos erros que existem no Executivo. Quando é para inaugurar uma obra, o prefeito é quem faz. Quando é para receber aplauso, é o prefeito quem recebe. Aí quando erra, foi o secretário quem errou e tem que ser responsabilizado”, disse Guimarães.

“Não podemos admitir que o Júnior Leite seja um ‘boi de piranha’, Ele perderá sua função e o prefeito fica imune como se não fosse responsável”, acrescentou.
Não podemos admitir que o Júnior Leite seja um ‘boi de piranha’, Ele provavelmente será exonerado hoje, perderá sua função e o prefeito fica imune como se não fosse responsável

As declarações fazem alusão à denúncia de que a Prefeitura teria alugado dois imóveis para sediar a Secretaria dos 300 Anos (Sec 300), sendo que um deles jamais fora usado. Ainda assim, o Município teria dispensado R$ 72 mil com a locação deste prédio.

Junior Leite, que já não ocupava mais a Sec 300, foi exonerado da Secretaria de Inovação e Comunicação nesta segunda-feira (1º). 

Pela manhã, o controlador-geral do Município, Marcus Brito, esteve na Câmara de Vereadores para dar explicações sobre os fatos denunciados.

Segundo ele, em que pese o prefeito ter assinado a dispensa de licitação – que resultou na locação do imóvel – qualquer responsabilidade sobre os fatos deve recair sobre o ex-secretário da Sec 300, Júnior Leite, e a secretária Cely Almeida, que está no comando da Pasta atualmente.

“Quem tem uma Controladoria para auxiliá-lo, uma Procuradoria pra orientá-lo é o prefeito. E ele deve se cercar de todos os cuidados antes de fazer gasto com o dinheiro público, como foi feito, jogando dinheiro no lixo, como é o caso desse aluguel fantasma”, rebateu Diego Guimarães.

Negligência

Guimarães – que é autor de um pedido de abertura de comissão processante contra o prefeito - afirmou que o próprio controlador do Município admitiu, durante a reunião com os vereadores, que houve “descuido” por parte de Emanuel.

“Ele veio aqui, admitiu que o prefeito tinha conhecimento dos dois contratos de locação [imóvel inutilizado e o outro]. Admitiu que houve descuido do prefeito. Fica claro aqui o tipo da infração administrativa, que é negligenciar. Houve negligência por parte do prefeito”.

Ele reiterou que cabe à Câmara de Vereadores, neste momento, abrir a comissão processante de modo a apurar eventual reponsabilidade de Emanuel.

“Se você jogar a palavra ‘descuidar’ no dicionário, entre os sinônimos está ‘negligenciar’. Então, certamente, se houve, ele precisa sim ser investigado. É o que a Câmara precisa fazer”, afirmou o vereador. 

“Não se trata de juízo prévio, não é condenação prévia do prefeito. No bojo dessa comissão processante, o prefeito poderá apresentar sua defesa, produzir provas, colacionar documentos e provar sua inocência. O que não podemos é deixar de fazer nosso papel de fiscalizar o Executivo”, concluiu.

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