
Controlador Marcus Brito atendeu convite do presidente da Câmara, vereador Misael Galvão
O controlador-geral de Cuiabá, Marcus Brito, foi à Câmara a pedido do presidente da Mesa Diretora, vereador Misael Galvão (PSB), para tentar convencer os vereadores para não instaurar a Comissão Processante que investigará suposta negligência do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em relação ao aluguel de um imóvel onde deveria funcionar a Secretaria dos 300 anos. O relatório da CP poderá inocentar ou pedir a cassação do emedebista.
Marcus nega que tenha havido negligência do prefeito sobre a gerência do contrato e transfere a culpa ao secretário afastado Júnior Leite, que à época foi quem assinou o contrato junto com Emanuel. O controlador afirma que já recomendou ao prefeito que exonere o secretário. Marcus justifica que na situação de Júnior Leite só cabe exoneração, por se tratar de um servidor comissionado e não afastamento do cargo sem remuneração, como pediu o secretário.
O controlador disse ainda que será aberta uma sindicância na Controlodaoria-Geral do Município (CGM) para verificar eventuais danos ao erário que tenham sido praticados por Júnior Leite em relação aos contratos dos imóveis.
Vereador Diego Guimarães É muito fácil lavar as mãos com os erros que existem no Poder Executivo. Quando é para inaugurar uma obra é o prefeito quem faz, quando é para receber aplausos é o prefeito quem recebe, quando é para ser parabenizado é com o prefeito. Agora, quando erra, o secretário que é responsabilizado
A acusação do vereador Diego Guimarães (PP) é de que o contrato com o imóvel perdura por um ano, encerrando neste mês, mas que sequer o imóvel foi utilizado. Marcus esclareceu que por seis meses a prefeitura não pagou o aluguel do imóvel, que até agora custou R$ 52 mil sem nunca ter sido utilizado, mas para devolver o imóvel, precisa ser feita uma nova reforma, cujo valor não foi divulgado.
“Não houve nenhum ponto de negligência ou omissão em relação ao prefeito, e isso foi bem esclareci aqui. A SEC 300 foi criada com intuito de fazer os projetos para os 300 anos. Criou-se uma celeuma em relação à reforma que houve naquele imóvel. Houve remoção de parede, fiação elétrica, piso, e esse que foi o impasse”, diz o controlador-geral, que defende a não criação da CP na Câmara.
O vereador Diego, que propôs o requerimento de abertura da CP, cuja instalação deverá ser aprovada ou não pelos vereadores nesta terça (2), avalia que está convencido de que Emanuel tinha conhecimento das irregularidades dos contratos, e aponta que a sindicância na CGM não impede a abertura da CP na Câmara.
“É muito fácil lavar as mãos com os erros que existem no Poder Executivo. Quando é para inaugurar uma obra é o prefeito quem faz, quando é para receber aplausos é o prefeito quem recebe, quando é para ser parabenizado é com o prefeito. Agora, quando erra, o secretário que é responsabilizado”.
Diego diz ainda que não se pode fazer do secretário Júnior Leite um “boi de piranha” – expressão utilizada pelos pantaneiros que remete à expiação de um boi mais velho e doente que é jogado às piranhas para que a boiada sadia e mais jovem passe em seguida pelo rio sem ser atacada pelos peixes– e o prefeito não seja responsabilizado. “É o prefeito que tem apoio da CGM e da Procuradoria Geral do Município, para poder se cercar de todos os cuidados na hora de investir os recursos públicos”, aponta o vereador, que defende que a prerrogativa da Câmara é fiscalizar os atos do Poder Executivo.
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