Setores de comércio e hotelaria apontam prejuízos com cancelamento de festival dos 300 anos de Cuiabá

Hotéis citam prejuízo após perda com cancelamentos de diárias de quem participaria dos três dias de festa. Evento para comemorar os 300 anos de Cuiabá seria realizado nos dias 6,7 e 8 de abril.



Os setores de comércio e hotelaria de Cuiabá preveem prejuízos com o cancelamento do festival para comemorar os 300 anos da capital, previsto para ser realizado nos dias 6,7 e 8 de abril. O cancelamento do Festival 300 anos foi anunciado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em uma publicação no Facebook.


A reportagem procurou a Prefeitura de Cuiabá para receber uma avaliação, mas não obteve resposta.


O evento vinha sendo planejado há oito meses e era anunciado como uma grande festa na Arena Pantanal. Na última quinta-feira (21), entretanto, Emanuel Pinheiro anunciou o cancelamento por falta de lugar para a realização do festival.


Isso porque o Ministério Público Estadual (MPE-MT) recomendou que o estádio não fosse usado para o evento.


Com o cancelamento, diversos setores se sentiram prejudicados. Entre eles, o de hotelaria. Segundo o delegado nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Alex de Deus, o setor perdeu com os cancelamentos de quem participaria da festa.


“São mais de 190 diárias que estariam no mercado. Fora as pessoas viriam do interior para participar dos shows. Isso tira um fluxo de pessoas que buscam a cidade”, explicou.


Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, Nelson Soares, o comércio estava se preparando para o evento. “Os setores de comércio de rua e shopping não vai ter mais o aumento esperado. O cancelamento está frustrando uma expectativa que teríamos”, disse.


Emanuel Pinheiro cancela Festival 300 anos — Foto: Facebook/Reprodução




Cancelamento




Na mensagem, o prefeito justifica a medida com a falta de lugar para a realização da festa, já que, por orientação Ministério Público Estadual (MPE), a Arena Pantanal não poderia ser usada.



"Em virtude do individualismo de alguns setores, nossa capital não será mais presenteada com o Festival 300 anos (...) A Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) nos acusou, antecipadamente, de que estragaríamos a grama do estádio. Demos garantias, mas não foi suficiente", declarou.