
Ocorre nesta terça-feira (19) uma reunião em Brasília, entre representantes da bancada federal, Prefeitura de Cuiabá, Governo do Estado, Câmara de Cuiabá, Assembleia Legislativa e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O encontro visa discutir o envio de um montante para pagar os salários dos funcionários, entre eles médicos e enfermeiros, da Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá. O valor do repasse ainda não foi confirmado, mas estima-se que pode chegar a R$ 50 milhões.
Por meio de nota na noite desta segunda-feira (18) a direação da Santa Casa negou que a ajuda do ministro mato-grossense de Campo Grande, Luiz Mandetta teria condicionado o repasse à instituição à uma possível intervenção.
Ainda que haja setores da Câmara de Vereadores e ainda de alguns parlamentares da Assembleia Legislativa que acreditem que a intervenção seria uma saída viável neste momento como forma de abrir 'a caixa preta' já há algum tempo uma série de denúncias sobre desvios e salários milionários pagos à direção aanterior da Casa. Assim, o hospital filantrópico passaria a ser gerido por uma Diretoria Extraordinária com membros dos Governos Estadual e Municipal, além da Assembleia Legislativa, Câmara de Vereadores, Tribunal de Contas, Ministério Público e um representante da própria Santa Casa para garantir a aplicação correta dos recursos públicos.
O hospital também afirmou não ter conhecimento sobre o valor que pode ser enviado pela União. “Ainda não foi estipulado um valor a ser repassado à Santa Casa. Portanto as negociações continuam para que a ajuda do Governo Federal possa vir o mais rápido possível”, diz trecho da nota divulgada no Facebook. A Câmara de Vereadores de Cuiabá realizou audiência pública também nesta segunda-feira (18).
Durante os debates sobre a situação da Santa Casa, o deputado estadual Dr. João (MDB) afirmou que defende a intervenção na gestão do hospital. Para ele, é importante que se “abra a caixa preta” da instituição para que a sociedade tome conhecimento da real situação financeira da unidade.
COLAPSO
A Santa Casa de Misericórdia é um hospital filantrópico criado em 1717. Com 202 anos de existência, acumula hoje um déficit de R$ 80 milhões por ano, identificados na gestão do ex-presidente Antonio Preza. Desde o dia 11 de março, a Santa Casa paralisou os atendimentos alegando falta de condições pelo fato de atraso em repasses da Prefeitura de Cuiabá.
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) emitiu nota, no dia 12, afirmando que estava analisando documentos sobre a viabilidade de fazer repasses financeiros à Santa Casa de Misericórdia, que de acordo com a Prefeitura, teve os pagamentos suspensos por recomendação da Delegacia Fazendária, pois o hospital seria alvo de investigação, o que é negado pela direção da unidade de saúde. A Prefeitura havia se comprometido repassar o valor R$ 3,6 milhões para custeio de serviços emergenciais.
No entanto, o município não seria obrigado a cumprir os repasses porque a Santa Casa não exerceu com o acordo firmado entre as partes. “Foram repassados R$ 24.866.260 para a instituição, mas os serviços hospitalares que deviam ser ofertados aos cidadãos não foram executados. Sendo o motivo da dívida da Santa Casa com a Prefeitura de Cuiabá”, afirma trecho do documento.
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