O médico Antônio Preza, ex-presidente da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, acusa que o hospital foi sabotado pela gestão passada do Governo do Estado e pelo ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas, que foi preso em operação da Polícia Civil. Preza afirma que os agentes teriam dificultado o repasse de recursos ao hospital filantrópico, que nos últimos seis anos acumulou um déficit nas contas de R$ 75 milhões.
Preza foi interrogado pelos vereadores de Cuiabá, na tarde de quarta-feira (13), na CPI da Santa Casa, que investiga os contratos de serviços médicos da Prefeitura com a unidade de saúde.
Em relação ao ex-secretário Huark, o ex-presidente declarou que a direção da Santa Casa, à época, negou que a empresa do gestor, a Proclin, firmasse contrato para serviços médicos com o hospital. A partir disso, segundo Preza, o então secretário começou a barrar o envio de recursos e emendas parlamentares.
“O Huark sempre que podia colocava pedra no nosso caminho, na Secretaria de Saúde de Cuiabá”, declarou Preza.
“A única empresa que procurou a Santa Casa, quando ganhamos a eleição da diretoria, foi a Proclin, e não aceitamos ela lá dentro do hospital, pois já existia rumores que eles cobravam um valor de UTI da empresa e pagavam só a metade para os médicos que estavam de plantão. Então os médicos da Santa Casa não quiseram ele [Huark] lá dentro da Santa Casa”, acusou.
Segundo Preza, a partir desse momento teria piorado a crise no hospital.
“O Huark sempre que podia colocava pedra no nosso caminho, na Secretaria de Saúde de Cuiabá”.
Em dezembro do ano passado, Huark foi preso pela Polícia Civil, por obstrução as investigações da Operação Sangria.
De acordo com o inquérito policial, o ex-secretário teria participado de um esquema de fraudes de contratos das empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e com o Estado.
Caravana da Transformação
Preza ainda alegou que a primeira vez que saiu denúncia contra a Santa Casa na imprensa teria sido para desviar o foco das investigações do programa estadual Caravana da Transformação, da gestão Pedro Taques (2015-2018), em que o Ministério Público Estadual apontou indícios de cirurgias fantasma de catarata.
“Era para tentar desviar o foco do grande problema da Caravana da Transformação. Depois que estourou o escândalo a imprensa parou de falar da Santa Casa”, disse o ex-presidente à imprensa.
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