Jovem citado em orgia sexual diz que sua vida virou um inferno


Jovem que foi mencionado no caso conhecido como “Surrubão de Rondonópolis” em redes sociais, diz que sua vida “virou um interno”, o assunto foi uns dos destaques durante a segunda-feira no Twitter. O empresário Paulo Eduardo Santos, 27 anos, mora em Rondonópolis (a 210 km da capital Cuiabá) e conta que é amigo dos jovens que aparecem nos vídeos divulgados nas redes sociais.
Ele nega que tenha participado da orgia sexual que, segundo ele, envolveu cinco rapazes e uma mulher, as imagens do ato praticado por jovens mato-grossenses viralizaram na segunda (25). Seu nome foi envolvido no caso por aparecer em fotos antigas, onde está ao lado dos amigos que aparecem no vídeo, segundo ele.
 “Não tenho nada a ver com isso, utilizaram uma foto que tiramos em uma chácara, há alguns anos, e inventaram isso. Generalizaram e falaram que eu também participei”.
As identidades dos jovens que aparecem no “Surubão de Rondonópolis” foram divulgadas por usuários das redes sociais. Por figurar em imagens com os amigos, ele conta que também teve seu nome divulgado. A partir de então, passou a receber, em suas redes, mensagens de cunho ofensivo e sexual.
Paulo afirmar que até seus familiares foram ofendidos em redes, ele é casado e toda essa repercussão gerou atrito entre ele e a esposa.
“Meus familiares também foram alvos dos xingamentos. No começo, minha esposa não acreditou que eu não tinha participado disso, por causa dos comentários que faziam. Ela ficou muito brava. Ainda está nervosa com isso, mas acho que já entendeu que eu não participei, a minha vida foi um inferno ontem”, comenta.
A repercussão do vídeo e Apuração do caso
Para o empresário, o principal fato que fez com que as imagens repercutissem nas redes sociais foi o fato de mencionarem que se tratava de uma “suruba” com uma mulher transgênero. “Mas ela não era trans, não. Isso é mentira. O povo fica querendo fazer graça. Não tem nada a ver”, afirma.
Ele nega que o fato de os garotos que aparecem nos vídeos serem apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL), conforme chegou a ser mencionado em diversas publicações nas redes sociais, tenha aumentado a repercussão do caso. “Isso não tem nada a ver. O que viralizou mesmo é porque disseram que a história envolvia uma transexual. Mas essa repercussão não tem nada a ver com o presidente”, declara.
Paulo ressalta que os amigos disseram que gravaram as imagens há cerca de 50 dias. “Todo esse ato foi consensual e eles sabiam que estava sendo gravado. Mas ninguém esperava que fosse ser divulgado assim”. Ele diz que o vídeo chegou a ser compartilhado em um grupo fechado de WhatsApp, somente entre os amigos. “Mas era um grupo fechado e ninguém espalhou”.
Ele classifica o compartilhamento das imagens nas redes sociais como uma situação de extrema tristeza. “Imagina para a família da menina que aparece? Se para mim está sendo constrangedor, imagina para todos que aparecem?”, completa.
Segundo Paulo, o vídeo passou a ser divulgado em aplicativos de mensagens após um amigo de um dos rapazes que participaram da orgia sexual ter visto as imagens. “Esse amigo pegou o celular desse menino, em um descuido, e mandou as imagens para o seu próprio celular. Depois, esse amigo passou a compartilhar o vídeo”, diz.
O estudante de Direito comenta que os amigos que aparecem no vídeo – ao todo eram cinco jovens na faixa dos 20 e poucos anos – deverão ir à Justiça. “Muita gente compartilhou essas imagens, até mesmo sites. Isso é errado. Não é legal. Prejudica todo mundo, principalmente a menina”, relata.
Em entrevista ao , na segunda, o delegado Eduardo Botelho, responsável pela delegacia de crimes cibernéticos em Mato Grosso, disse que se o vazamento das imagens for feito por uma pessoa que não participou do ato, pode ser considerado criminoso. Segundo ele, as vítimas devem denunciar o fato, para que a situação seja apurada e as redes sociais deverão remover os conteúdos.
Em meio à repercussão, Paulo diz acreditar que toda a exposição enfrentada por ele e pelos amigos seja passageira. “Penso que nos próximos dias isso irá acabar. Depois focam em outra história para criticar, porque as pessoas gostam de criticar. O pessoal gosta da maldade mesmo”, afirma.



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