O governo do Estado entende como “normal e democrático” o pedido de vistas ocorrida nesta quarta-feira (27), na Assembleia Legislativa, quanto à proposta do Executivo de renegociar a dívida de U$ 250 milhões que Mato Grosso tem com Bank of América (BofA). Os pedidos são dos deputados Valdir Barranco (PT) e Dilmar Dal Bosco (DEM).
Alan Cosme/HiperNoticias

Para o secretário -chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, até semana que vem a matéria deverá ser apreciada e, pela expectativa do governo, aprovada.
Carvalho rebateu o argumento de Valdir Barranco de que o alongamento da dívida, por mais 20 anos, causa “estranheza” , além de também entender que a pressa do governo em ver aprovada a matéria configura um “atropelo” na tramitação da mesma, no legislativo.
“Quando se fala de alongamento de dívida, veja bem, estamos falando de 20 anos de desenvolvimento e de crescimento. O que acontece é que, esse valor da prestação que vai passar a existir, vai ter um peso muito pequeno no orçamento do Estado, em função da evolução da receita, do crescimento sustentável do Estado, enfim, hoje essas prestações significam muito. Diluindo do jeito que vai ficar, se for aprovada pela Assembleia Legislativa, será um pagamento com peso muito pequeno dentro do orçamento e, com isso, o Estado atingirá os seus indicadores de equilíbrio financeiro, de uma forma mais consistente e rápida”, avaliou Mauro Carvalho, ao HiperNotícias.
O secretário divergiu também do presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), que nessa semana disse que, uma vez consolidada a renegociação, não se tratará de uma “economia” para Mato Grosso e, sim, de “um fluxo de caixa de quase R$ 800 milhões nos próximos quatro anos, ou seja, uma injeção a curto prazo que o Estado precisa”.
Carvalho argumenta que passa a ser considerada economia, devido à redução pretendida nos juros praticados.
“É economia, sim. Por ser valor presente, existe uma redução. Quando é valor presente, faz com que o custo seja menor. Para se ter uma ideia, a STN [Secretaria do Tesouro Nacional], não aprova, por exemplo, se o custo ficar 1 dólar a mais do que está hoje. Ela só aprova se o custo ficar menor do que temos hoje, ou seja, o valor presente exige um valor a menos, em função dos juros que também são menores, são de 3,5% contra 5% que foram contratados”, enfatiza Mauro Carvalho.
Depois de aprovada em dois turnos pela Assembleia Legislativa, a matéria da renegociação da dívida com o BofA, mas que tende a ser executada via Banco Mundial, ainda precisará ser aprovada pelo Senado Federal e, como disse o secretário da Casa Civil, pela Secretaria do Tesouro Nacional.
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