300 ANOS Emanuel chora ao entregar kits e volta a detonar Estado por cancelar festa

Kits escolares para carentes marcam início das entregas dos 300 anos e emocionam prefeito
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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), deixou claro que não gostou da medida adotada pelo governador Mauro Mendes (DEM) ao proibir a realização de shows na Arena Pantanal que estavam agendados como atrações no Festival Cuiabá 300 anos. Ele diz ter ficado magoado e ressalta ser de conhecimento de todos os moradores da Capital que a Arena é um “elefante branco”, fazendo com que a população perca a oportunidade de participar de uma série de eventos no local, a exemplo do que ocorre, segundo ele, em outras arenas como, por exemplo, em São Paulo, Fortaleza e Curitiba. 
“Falar que não magoou é mentira. Magoou porque era um evento de graça, a maioria esmagadora da população não tem condições de ir num show, de pagar pra ir num show de Zezé di Camargo e Luciano, de Leonardo, Chitãozinho e Xororó, dos grandes artistas regionais que iriam cantar também, do Jota Quest”, lamentou Pinheiro nesta quinta-feira (28) ao promover a entrega de kits de uniformes escolares como parte de uma agenda de ações e compromissos inseridos no contexto de comemoração dos 300 anos que a Capital Mato-grossense completa no dia 8 de abril deste ano.
Primeiro, houve uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPE) para que o Festival Cuiabá 300 anos não fosse realizado na Arena Pantanal. Depois, o governador acolheu o posicionamento do MPE e proibiu o evento no estádio que custou mais de R$ 620 milhões e sediou partidas da Copa do Mundo em 2014. Inconformado com o veto, Pinheiro cancelou o evento ao invés de escolher um novo local.
Questionado por jornalistas sobre a decisão pelo cancelamento, argumentou ser necessário levar em conta uma série de fatores que demandam tempo e organização. Tanto é que segundo o gestor, o festival vinha sendo organizado há pelo menos oito meses.  Também rebateu críticas de quem classifica o evento como desnecessário. Dentre as atrações, estavam previstos shows de Zezé Di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Chororó, Jota Quest, Leonardo e cantores gospel.
“Não é questão de pão e circo não como vejo muita gente falar, o marco dos 300 anos de Cuiabá na nossa gestão será o lançamento e entrega de obras, ações e projetos que beneficiam diretamente a vida das pessoas. Há quase um ano estamos organizando e consegui patrocinador, não ia custar um centavo para os cofres públicos, eu tomei esse cuidado”, disse ele citando que tudo sairia de graça para a população e sem custos ao Município por causa de parcerias firmadas com a iniciativa privada.  
Pinheiro argumentou que um evento de tal natureza envolve uma série de coisas que vão bem além da agenda dos artistas.  “É o local, o palco, a segurança, a mobilidade, a condição, o som, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Vigilância Sanitária. Existe um complexo de segurança e bem estar que eu queria oferecer à população e só a Arena Pantanal oferecia, até porque é um elefante branco, vocês que moram e vivem aqui sabem: a Arena Pantanal é um elefante branco”, criticou.
CHORO
Emanuel Pinheiro deu início às comemorações dos 300 anos de Cuiabá nesta quinta-feira, com a entrega de kits escolares para alunos da rede municipal de Educação. No evento, ele se emocionou e chegou a chorar, pelo fato dos kits estarem beneficiando milhares de pessoas carentes.
“Muito emocionante, porque era um sonho como político meu e da primeira-dama de quando era deputado ainda. Tentei muito levar aos alunos da rede estadual e não consegui. Um dia falei que se fosse prefeito iria levar aos alunos da rede pública municipal. Estamos dando de graça o uniforme melhor, um calçado melhor, esta é a função social do poder público”, assinalou.
Chorando, o prefeito destacou que a entrega dos kits é a “maior realização” da sua gestão, pois se trata de investimento para a Educação e uma inclusão social. “A hora que vi essas mochilas, essa camisa, é a realização de um homem público muito grande. Eu sei a dor dessas famílias, das regiões periféricas de Cuiabá, que não tem dinheiro de comprar uma camisa, uma havaiana. Momentos como esses, coroam a nossa gestão. Estou em lua de mel em ser prefeito”, frisou. 

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