Ex-presidente e atual senadora da Argentina mostrou paredes quebradas e reclamou da falta de quadros e outros objetos. Senado autorizou revista de suas casas em Buenos Aires, Santa Cruz e El Calafate.
Por G1
Cristina Kirchner reclama de danos em uma de suas casas após busca — Foto: Reprodução / YouTube
A ex-presidente e atual senadora da Argentina Cristina Kirchner divulgou um vídeo neste domingo (16) com imagens de uma de suas três casas que foram alvo de revista como parte de uma investigação de propinas.
Ela disse que a casa em El Calafate ficou "toda quebrada", reclamou da falta de quadros e outros objetos e reclamou do juiz Claudio Bonadio, responsável pelo processo. O vídeo tem mais de 17 minutos. Veja abaixo:
O Senado argentino aprovou por unanimidade no dia 22 de agosto autorizar a revista das três casas como parte de uma investigação de propinas milionárias em troca de contratos de obras públicas.
Em um momento do vídeo, ela diz ao cinegrafista: "Não quebre nada, que Bonadio já me quebrou muito". Ela também afirmou que n
Cristina Kirchner reclama de falta de quadro após busca em uma de suas casas — Foto: Reprodução / YouTube
A ex-presidente já havia anunciado que, se a ação fosse aprovada pelo Senado, aceitaria a revista de suas casas em Buenos Aires, Santa Cruz e El Calafate, as duas últimas no sul do país, embora tenha pedido que proíbam a presença de câmeras durante o procedimento.
A ex-presidente, da corrente de centro esquerda peronista e que sucedeu seu marido Néstor Kirchner no cargo em 2007, é a pessoa de mais alto escalão envolvida no chamado "Escândalo dos cadernos", que investiga supostos subornos de importantes empresários entre 2005 e 2015 para obter contratos de obras públicas.
Cristina Kircher mostra parede quebrada após busca em uma de suas casas — Foto: Reprodução / YouTube
A causa judicial começou há um mês baseada em anotações feitas por um ex-motorista do Ministério de Planejamento, Oscar Centeno, que supostamente fez percursos por Buenos Aires durante 10 anos levando e trazendo sacolas carregadas de milhões de dólares.
O apartamento de Kirchner em Buenos Aires, assim como a casa presidencial de Olivos e a Casa Rosada, sede do governo, aparecem nesses cadernos como pontos de entrega das sacolas.
O juiz busca pistas sobre onde poderia ter ficado o dinheiro, aparentemente sempre recebido em espécie.
As anotações do motorista logo se somaram às confissões de vários empresários detidos que decidiram ir à Justiça na condição de arrependido, assim como, recentemente, ex-funcionários do governo de Néstor (2003-2007) e Cristina Kirchner.
Além deste caso, Cristina Kirchner enfrenta outros cinco processos por suposto enriquecimento ilícito e por encobrimento de iranianos acusados pelo atentado à mutual judaica AMIA em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.
A ex-presidente se considera uma "perseguida política" e assegura que o pedido para revistarem suas casas é "um show" midiático.
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