Técnicos de Desenvolvimento Infantil participam de ciclo de formação na UFMT

Cerca de mil Técnicos em Desenvolvimento Infantil (TDI) estão participando, nesta terça e quarta-feira (08 e 09), na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da primeira etapa do projeto de extensão ‘Ikuia – Pá’: História e Cultura do Povo Bororo – Rumo aos 300 anos. O projeto, de formação continuada com ênfase na cultura e história da etnia Bororo foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa “Corpo, Educação e Cultura” (Coeduc), da UFMT.  Voltado para a Educação Infantil, tem como objetivo ampliar o conhecimento dos profissionais da educação para que possam implantar a Lei 11.645/08, que determina a inclusão de conteúdos sobre a História e a Cultura dos povos indígenas, no currículo escolar.
Durante o lançamento, na manhã desta terça-feira (8), no Teatro da UFMT, o diretor geral de Gestão Educacional, Luiz Batista Jorge, representando o secretário de Educação de Cuiabá, Alex Vieira e a diretora de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Zileide Lucinda dos Santos, destacaram a importância do projeto e da parceria entre a secretaria e a universidade, na formação dos profissionais.
“Estamos dentro da universidade, no seu teatro, um espaço de grande representatividade também para os objetivos do projeto, focado no conhecimento da história e da cultura bororo e também na reflexão sobre a nossa prática nas salas de aula”, destacou a diretora.
“Acreditamos na Educação como um processo de transformação e desenvolvimento. A formação dos profissionais é fundamental para que possamos vencer os desafios e atender a população que necessita dos nossos serviços”, salientou o professor Luiz Jorge Batista.
O vice-reitor da UFMT no exercício da Reitoria, professor Evandro Soares, enfatizou o compromisso da universidade em articular e compartilhar saberes com a sociedade. “A Universidade está alicerçada no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Portanto, uma de nossas premissas é promover e oportunizar para a sociedade conhecimentos e ferramentas que solucionam questões contemporâneas, como diversidade e inclusão”, pontuou.
A pró-reitora de Pesquisa, professora Patrícia Osório, enfatizou a importância dos grupos e núcleos desenvolverem trabalhos com abrangência social. “Ações como estas, resultantes de projetos de pesquisa, evidenciam a função social da Universidade, por meio da articulação e fortalecimento dos vínculos com a sociedade e em sintonia com questões contemporâneas”, frisou.

IKUIA-PÁ
Desde 2016 a SME vem desenvolvendo projetos em parceria com o Grupo de Pesquisa Corpo, Educação e Cultura (COEDUC), da UFMT voltados para a formação continuada de professores da rede municipal de Educação.
Em 2016 a formação envolveu 418 professores de Arte e Educação Física de 96 unidades da rede com a implementação de 25 projetos.
No ano seguinte foram realizadas duas ações a fim de potencializar as formações anteriores com a participação das unidades educacionais na Semana de Povos Indígenas, coordenada pelo COEDUC. Dez unidades expuseram os resultados obtidos em seus projetos. Alunos do primeiro e do segundo ciclos do Ensino Fundamental participaram de uma mesa redonda com o tema ‘Vozes da infância sobre povos indígenas’ relatando suas experiências.
A segunda ação foi sobre a ‘Presença Indígena e Negra no Contexto Histórico de Cuiabá: oficinas de danças da cultura local nos 300 anos da cidade’. Além da formação sobre danças locais e suas raízes indígena e negra, as unidades escolares participaram do XVI Encontro Interescolar de Dança e Cultura da Cidade Educadora – EIDANCE. O evento envolveu professores de Educação Física, de Arte e articuladores do Programa Novo Mais Educação de 19 unidades totalizando 434 profissionais e 27 projetos desenvolvidos como ação efetiva na educação, sobre as diversidades etnicorraciais.
Para a coordenadora do projeto e do Coeduc, professora Beleni Grando, o ‘Ikuia-Pá’ possibilita a conexão dos educadores com a origem da população cuiabana. “A etnia Bororo foi um dos primeiros grupos a ter contato com os bandeirantes. Nas proximidades de Cuiabá completar 300 anos, a iniciativa viabiliza a reflexão sobre a nossa história, e contempla a interculturalidade na rede municipal de ensino”, prosseguiu.
A palestra de abertura foi ministrada pelo professor  Félix  Rondon Adugoenau, que falou sobre o povo bororo e a educação da criança.

Serviço
O que: Projeto IKUIA-PÁ: História e Cultura do Povo Bororo – Rumo aos 300 anos
Quando: 08 (Teatro da UFMT) e 09 de agosto, (Salas da Faculdade de Educação Fisica da UFMT), das 13h30 às 17h
Onde: Universidade Federal de Mato Grosso

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