Questionamento de Selma a protocolo de segurança não é oficial, diz Rui Ramos
By últimas at agosto 01, 2018
Presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Rui Ramos revela não ter conhecimento oficial de que a juíza aposentada Selma Arruda ou outro magistrado tenha oficializado qualquer reclamação sobre o protocolo de segurança que deve ser seguido pelos magistrados protegidos por escolta. Pondera que, se for preciso, a diretriz pode ser modificada.
Rui afirma ainda que aguarda nova avaliação da Comissão de Segurança do Tribunal para decidir se a ex-juíza irá permanecer com escoltada armada, enquanto participa de atividades de articulação política. O magistrado falou sobre o caso durante evento de plantio de mudas na Rodovia Emanuel Pinheiro, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, na manhã desta terça (5).
TJMT
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Presidente do TJ, Rui Ramos, diz que só soube da reclamação de Selma sobre protocolo de segurança pela imprensa
“Só vi a reclamação dela pela imprensa. É uma opinião pessoal, mas se tiver alguma impropriedade e exagero certamente será corrigido”, assegura. De acordo com o chefe do Poder Judiciário o protocolo de segurança do Tribunal é reanalisado constantemente e não é rígido, podendo ser recrudescido, ou seja, aumentado, em determinados casos. “Quem faz esta análise são as forças policiais através de Serviço de Inteligência”.
O desembargador negou que o TJ tenha voltado atrás e permitido a escolta a Selma que é pré-candidata ao Senado pelo PSL do presidenciável Jair Bolsonaro. Ramos afirmou que a há uma comissão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que trata do assunto no país. Em Mato Grosso, a comissão é presidida pelo desembargador Carlos Alberto da Rocha, que deu parecer para suspender a escolta baseado “na inexistência de risco de vida e no descumprimento de protocolos pela utilização da equipe em eventos políticos e com fins particulares”.
No caso específico de Selma, Rui diz que a condição é diferente. “As ameaças ainda estão ocorrendo em função da atividade que ela exerceu”, apontou. O presidente do TJ ainda afirmou que os fatos novos relatados pela juíza aposentada em um boletim de ocorrência, de novas ameaça, estão sendo investigados. “Com base nisto, cautelarmente permiti que a escolta continuasse, mas isso dentro do que é verdadeira todas as providenciais serão tomadas para evitar qualquer nível de prejuízo”.