Após João Arcanjo negar que havia voltado a comandar o jogo do bicho, o juiz Geraldo Fidelis e o Ministério Público Estadual querem saber quem é o autor das denúncias anônimas feitas contra o condenado.
A decisão saiu logo após a audiência realizada na Vara de Execuções Penais, na última quinta-feira (2), em que Arcanjo teve que explicar o porquê de seu nome e de sua esposa aparecem em uma lista do jogo de bicho encontrada por agentes policiais.
Além disso, a audiência também foi designada após Fidelir receber documentos que apontam que Arcanjo voltou a comandar o jogo do bicho. Na tarde dos dias 26 e 28 de junho e 17 de julho, um anônimo protocolou três documentos apócrifos no Fórum de Cuiabá.
Segundo informações do Mídia News, a denúncia do anônimo aponta que Arcanjo passou o comando do jogo do bicho a seu genro Giovani Zen. Por sua vez, o ente teria dado máquinas de apostas para Alberto Jorge Toniasso.
Em audiência, Arcanjo diz que não se recorda de nenhum Alberto. E disse que não voltaria a cometer crimes e que "segue estudando e trabalhando".
O pedido foi feito pelo advogado Zaid Arbi, que faz a defesa da maioria dos processos de Arcanjo na Justiça. Advogado e cliente enfatizaram o requerimento para identificar o autor da denúncia, pois é de seu “interesse esclarecer tudo que se refere aos ventos”. Eles apontaram que "isso é bom para a defesa" de Arcanjo.
"João Arcanjo Ribeiro é o maior interessado no esclarecimento dos fatos e da verdade real, porque não se sente confortável com o benefício que a Vara de Execução Penal lhe conferiu em integrar o regime semiaberto e pesar contra ele essas violações contra as condições lhe impostas. [...]. A Defesa Técnica, com a concordância do MPE, sugere a investigação sobre a gravação da câmera no dia e horário em que protocolizados todas as petições anônimas", disse Arbid em audiência.
Juiz, Ministério Público e advogado querem saber quem foi a pessoa que protocolou a lista e fez a denúncia "para prestar maiores esclarecimentos". Assim, Fidelis pediu que a Diretoria do Fórum identificasse quem protocolou os três documentos.
Se ela ou ele for identificada, Fidelis determinou que o denunciante se explique no dia 13 de setembro. Alberto Toniasso, Arcanjo e seu advogado também deverão voltar na mesma data ao Fórum por intimação do magistrado. A previsão é que a audiência comece as 14h45.