QUEBROU CARROS Travesti detida no DF usará tornozeleira


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A travesti de 25 anos presa em flagrante nesta terça-feira (14) após uma confusão com policiais, no Distrito Federal, terá de passar 90 dias com monitoramento por tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada na audiência de custódia, nesta quarta (15), que também arbitrou fiança de R$ 1 mil para que ela responda em liberdade.
Até as 14h, a travesti identificada como Bruna ainda não tinha depositado o valor. O caso foi analisado pela juíza Verônica Capocio e, apesar dessa decisão válida por 90 dias, Bruna ainda responderá na Justiça pelos crimes de dano ao patrimônio público e privado, injúria racial e desacato
De acordo com a magistrada, o uso da tornozeleira é uma medida “adequada e suficiente” para garantir a ordem pública. Segundo ela, isso permite vigiar os movimentos da travesti e diminui o risco de novos crimes, ao mesmo tempo em que atinge “de modo menos gravoso a liberdade” dela em comparação com a prisão preventiva – por tempo indeterminado.
“Os fatos praticados, embora graves, podem ser averiguados com a acusada em liberdade, haja vista que o delito de dano não foi praticado contra a pessoa, mas contra o patrimônio e os demais delitos também não geram gravidade tamanha a ensejar o decreto de prisão preventiva da acusada.”
Regras da tornozeleira
Sob monitoramento, a travesti terá de ficar em casa nos dias e horários em que não estiver trabalhando. Se estiver empregada, ela poderá sair para trabalhar entre 8h e 22h. Fora isso, os únicos compromissos externos autorizados são as convocações da própria Justiça.
Ela terá de manter com o telefone celular ligado o tempo inteiro e será obrigada a carregar diariamente a tornozeleira. Qualquer tentativa de retirada do equipamento pode levar à prisão imediata.
Relembre
Segundo a Polícia Civil, a suspeita estava "aparentemente sob efeito de substâncias entorpecentes". Ela teria tentado fugir de agressões de um motorista que estava no local e a ameaçava com uma pedra.
Ao perceberem que a vítima das agressões estava escondida entre os carros, policiais disseram que "se aproximaram para oferecer ajuda", mas foram confrontados pela travesti.
De acordo com a corporação, a travesti identificada como Bruna resistiu à abordagem e agrediu PMs e agentes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
"O agressor [sic] precisou ter as pernas imobilizadas pelos bombeiros militares para que entrasse no cubículo da viatura", informou a Polícia Militar. Ela foi levada à 27ª Delegacia de Polícia, onde permanecia detida até as 17h30 desta terça (14).
O G1 questionou, mas a nota enviada pela PM não diz se a força empregada pelos militares foi proporcional, ou se haverá apuração de algum excesso.
Gravação
Em um vídeo gravado por testemunhas, é possível ver que, ao todo, seis policiais agem simultaneamente para imobilizar a travesti, que já está algemada. Os PMs usam spray de pimenta no rosto dela e a imobilizam com uma golpe "mata-leão". O motivo da confusão não foi esclarecido.
Em nota, a PM disse, ainda, que na delegacia a travesti cuspiu no delegado e chamou sargentos de "macacos". O delegado responsável pelo caso, Sérgio Bautzer, disse ao G1 que ela "tentou cuspir", mas não chegou a atingí-lo.

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