Testemunhas que presenciaram acidente que matou o motociclista Evandro Figueiredo Leite, 23, na tarde de segunda-feira (6), apontam uma nova linha de investigação para a Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran).
Uma das testemunhas do caso foi ouvida pela equipe de reportagem do Gazeta Digital.
Segundo ela, que preferiu não se identificar, o motorista do ônibus não obedeceu a sinalização da via e provocou a batida.
Conforme a testemunha, o sinal da avenida estava no amarelo já apontando que o condutor deveria reduzir a velocidade para parar no sinaleiro.
Porém, ele preferiu avançar o sinal e bateu contra uma EcoSport que estava na frente dele e parou no local.
Ao tentar desviar do veículo, o motorista perdeu o controle, bateu no veículo, subiu próximo do canteiro e atingiu dois motociclistas que estavam parados na rua.
Com a pancada, uma das vítimas 'pulou' por cima do guidão da motocicleta e parou em pé na rua. Evandro foi esmagado entre o ônibus e o caminhão de uma empresa.
Após o acidente, o motorista do ônibus abriu a porta e fugiu. "Foi um barulho terrível. Pensei que eu que iria morrer. No desespero a gente saiu do ônibus pra ver o que tinha acontecido e o rapaz estava encostado entre os dois veículos. Nesse momento, um dos passageiros deu marcha à ré no carro e o jovem caiu mole no chão", disse a testemunha que estava dentro do ônibus no momento do acidente.
Rapidamente, outras pessoas acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar socorro. No entanto, o óbito foi confirmado.
No primeiro momento, as testemunhas pensaram que a vítima era uma mulher, já que ele estava com capacete rosa e uma bolsa. Horas depois, com o trabalho da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), a identificação da vítima foi divulgada.
O motorista do ônibus retornou ao local do acidente sem o uniforme da empresa e fez o teste do bafômetro. "Eu peguei o ônibus da linha 605, que faz a região do Itapé até minha casa que fica no residencial Santa Terezinha. Mas, desde onde eu peguei o carro na região do centro o motorista vinha na pista em alta velocidade. Achei um absurdo porque ali ele estava carregando vidas e se ele não batesse no carro o ônibus iria cair em um córrego onde hoje eu poderia nem estar mais aqui", desabafou.
Após o acidente, a testemunha afirmou à reportagem que permanece muito abalada e está com tremores no corpo.
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