Polícia indicia professora por "afogar" crianças e ameaçar cortar a língua

Uma professora concursada da Prefeitura Municipal de Sorriso (420 km ao Norte), e acusada de maltratar crianças de um berçário público foi indiciada pela Polícia Judiciária Civil pelos crimes de maus tratos e ameaça.

Alan Cosme/HiperNoticias
policia civil/a noite

O inquérito, instaurado no mês de julho, foi concluído e relatado pelo delegado Nilson André Farias de Oliveira, nesta quinta-feira (09). Os autos serão encaminhados ao Ministério Público para medidas cabíveis na fase processual.

As diligências iniciaram após denúncias repassadas à Polícia Civil sobre maus tratos e ameaças (a professora fala que ia corta as línguas das crianças). Foram colhidas provas testemunhais que apontavam a veracidade dos fatos. Em depoimento, vários pais e estagiários ouvidos também confirmaram o ocorrido.

A profissional trabalhava no berçário 01, que atende crianças de seis meses a um ano de idade. Agindo sempre sem paciência e gritando, a professora mandava as auxiliares de sala não dar colo nem carinho aos bebês.

Também foi constatado que as crianças tinham receio dessa professora, a qual afogava os bebês embaixo d'agua. No momento que viam que as crianças não aguentavam mais, eram retiradas da água. Os relatos ainda revelam tapas com força que faziam as crianças gritarem de dor. Os “corretivos” aplicados pela professora ocorriam em um biombo, para que os outros profissionais não pudessem ver. Porém, eles relataram que ouviam o que acontecia.

Após a denúncia,  a Prefeitura afastou a suspeita do berçário, que foi colocada para trabalhar em outra escola com crianças maiores, a fim de preservar a integridade física dos bebês.

“Mesmo achando estranho o comportamento, uma das testemunhas alegou que imaginaria que não passaria dos castigos, até o dia que presenciou a professora impaciente, ao dar banho em um dos bebês. Ela deixou a criança embaixo da torneira, sacudindo, até que começasse a se afogar”, disse o delegado, Nilson André Farias de Oliveira.

Com a conclusão do inquérito policial, a professora foi indiciada pelos crimes de maus tratos e ameaça.

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