OPERAÇÃO BERERÉ Ministra do STF decide até sexta se solta 5 ou manda prender de novo executivo em MT

Paulo e Jorge Taques, além de Mauro Savi, querem se beneficiar de decisão de Toffoli
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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinou que a Procuradoria Geral da República se manifeste sobre o pedido de extensão da decisão que concedeu a liberdade ao executivo Valter Kobori, que dirigiu uame empresa envolvida num esquema que distribuiu R$ 30 milhões em propinas a empresários e políticos em Mato Grosso. Os advogados Paulo Cesar Taques e Pedro Jorge Taques, além do deputado estadual Mauro Savi (DEM), foram presos juntamente com Kobori no dia 9 de maio de 2018.
Porém, apenas o ex-executivo conseguiu revogar sua prisão. Rosa Weber determinou que a PGR emita seu parecer em dois dias.
Independente da manifestação ser contrária ou a favor do pedido de extensão, que pode colocar em liberdade Paulo Cesar Taques e Pedro Jorge Taques, além do deputado estadual Mauro Savi, a decisão final é da ministra do STF. A determinação foi proferida por Weber ontem. “Dê-se vista dos autos à Procuradora-Geral da República para emissão de parecer, no prazo de dois dias, sobre os pedidos de extensão formulados por Paulo Cesar Zamar Taques, Pedro Jorge Zamar Taques e Mauro Luiz Savi. Em seguida, venham os autos novamente conclusos”, resumiu Rosa Weber.
Valter Kobori conseguiu sua liberdade após decisão do também ministro do STF, Dias Toffoli, no dia 27 de julho. No entanto, a PGR já solicitou a revogação da liberdade alegando que a organização criminosa segue ativa no Estado.
Além de Kobori, o advogado Paulo Cesar Taques, ex-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, seu irmão e também advogado, Pedro Jorge Zamar Taques, o deputado estadual Mauro Savi, e os empresários Claudemir Pereira dos Santos e Roque Anildo Reinheimer, foram presos no dia 9 de maio deste ano durante a deflagração da operação “Bônus”, que foi a segunda fase da “Bereré”, que investiga a fraude.
De acordo com investigações da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz-MT), além do Ministério Público Estadual (MPE-MT),  o deputado estadual Mauro Savi seria o líder de uma organização criminosa constituída em 2009, ainda no Governo Blairo Maggi. O grupo seria o responsável por desvios e lavagem de dinheiro a partir de um contrato que a EIG Mercados mantinha com o Detran.
A empresa realizava o serviço de registro de veículos em alienação fiduciária junto ao órgão estadual. Segundo as investigações, entre 2009 e 2017, em torno de R$ 30 milhões teriam sido distribuídos em propinas para políticos e empresários no Estado.
Já Roque Anildo Heinheimer – ex-sócio da Santos Treinamento, empresa que estaria agindo em conjunto com a EIG Mercados no esquema -, teria ameaçado Valter Kobori. De acordo com as investigações a ameaça ocorreu após o rompimento entre as duas organizações (EIG e Santos), no ano de 2014. Um dos delatores da fraude, e sócio da EIG Mercados, José Ferreira Golçalves Neto, disse que o episódio fez com que Kobori exigisse a compra de um veículo blindado. “Consta no interrogatório de José Ferreira Golçalves Neto que ‘após cessar os pagamentos das propinas com a Santos [Treinamento], Kobori alegava que estava sendo ameaçado por Roque, tendo Kobori pedido para a empresa comprar uma Mercedes E 250 blindada’, alegação confirmada por José Henrique Ferreira Gonçalves, que afirmou que Valter Koborilhe relatava sofrer ameaças do grupo que representava a empresa Santos Treinamento [...] Afirmações que encontram respaldo na nota fiscal da compra do veículo mencionado”, diz trecho do inquérito.
Por fim, Pedro Jorge Zamar Taques teria articulado junto a José Kobori o pagamento de propina ao seu irmão, e ex-Secretário –Chefe da Casa Civil, Paulo Taques, no valor de R$ 2,6 milhões. A propina seria uma forma de “manter” o esquema durante a gestão do governador Pedro Taques.

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