O ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (Dem), candidato ao governo de Mato Grosso, na coligação “Pra Mudar Mato Grosso”, formada pelo Dem, PSD, PDT, PSC, MDB, PMB, PHS e PTC, nas eleições deste ano, declarou ontem (17), em coletiva à imprensa local, que, se eleito governador, seu compromisso será com os 141 municípios, mas levando em consideração a importância econômica e papel estratégico de cada cidade. A declaração do candidato foi feita após questionamento da reportagem do A TRIBUNA sobre a política de interiorização dos serviços do Estado, especialmente para Rondonópolis.
“Em Rondonópolis, a indústria precisa voltar a crescer e gerar emprego. Precisamos melhorar a infraestrutura e fazer a saúde, educação e segurança funcionarem. Todas as regiões de Mato Grosso contam com as cidades polo, onde cada uma delas tem o papel estratégico no contexto do desenvolvimento. E Rondonópolis é um polo destes que, além de ser a segunda maior economia de Mato Grosso, ainda é polo em sua região em vários serviços, como o de saúde por exemplo”, disse o candidato Mauro Mendes. O candidato lembrou que a disputa pelo governo do Estado tem o candidato Wellington Fagundes (PR), morador de Rondonópolis.
“Sei que muitas pessoas vão ter o sentimento de votar nele [Wellington] que é da cidade. Mas o eleitor estará escolhendo o governador dos 141 municípios de Mato Grosso. Este é sentimento que espero que a população tenha para escolher o melhor. Eu não tenho a presunção de dizer que sou melhor, pois sou apenas uma alternativa que tem história e um currículo mostrando o que já fiz na vida pública e privada, para que os eleitores analisem quem querem contratar para cuidar dos 141 municípios”, apontou.
“Dificilmente alguém é contratado para isso [cargo de governador] sem ter experiência. Nenhuma empresa contrata alguém que nunca fez nada. Um técnico da seleção brasileira não contrata uma pessoa que nunca jogou em time nenhum. Lamentavelmente a gente faz isso na política, usando critérios errados para poder tomar nossas decisões e depois sofrer as consequências. Em 2010 tive a coragem de andar pelo Estado e dizer que o projeto representado pelo ex-governador Silval Barbosa, não era o melhor para Mato Grosso. Eu, Otaviano Pivetta, Percival Muniz e outros companheiros andamos por Mato Grosso dizendo isso. Mas não ganhamos as eleições, pois ganhou Silval e as consequências nós sabemos”, acrescentou.
Mauro Mendes ainda lembrou que, nas eleições de 2014, também acreditou no projeto do governador Pedro Taques (PSDB), o qual busca a reeleição. “Estou transformando a decepção que tive em força e energia para apresentar uma nova alternativa em Mato Grosso, mostrando experiência de quem fez e sabe fazer. Mato Grosso vai escolher de novo o seu governador e estou em paz com minha consciência para fazer um bom debate, mostrando o que fizemos enquanto gestor público e o que queremos fazer. Claro que vamos tratar Rondonópolis com o respeito que merece, sendo o segundo polo econômico do Estado. Precisamos de um governo que trabalhe sério e que saiba fazer. Não serei governador só de Cuiabá, porque sou de Cuiabá. Se for Wellington, não será apenas o governador de Rondonópolis porque tem que administrar os 141 municípios. O meu compromisso é com os 141 municípios”, ressaltou.
Sobre os últimos dois governos estaduais, Mauro Mendes também fez críticas. “Um governo durante quatro anos não deu certo talvez porque estava focado em roubar. O atual que está completando quase quatro anos promoveu muitas confusões. Por isso, a nossa decepção e de tantas pessoas que agora não apoiam o atual governador devido ao resultado ruim de gestão”, avaliou.
A vista do candidato Mauro Mendes na cidade ainda contou com a presença dos candidatos ao Senado na chapa de Mendes, o ex-governador Jayme Campos (Dem) e o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD). Além deles, do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), que busca a reeleição, os vereadores Thiago Silva (MDB), que é candidato a deputado estadual, e Fábio Cardozo (PDT), candidato a deputado federal.
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