Muller afirma que Mauro Mendes não mentiu ao falar de dívida de R$ 3,6 bilhões

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Muller afirma que Mauro Mendes não mentiu ao falar de dívida de R$ 3,6 bilhões
O secretário de Estado de Planejamento Guilherme Muller defendeu que o pré-candidato ao Governo Mauro Mendes (DEM) não mentiu ao mencionar divida de R$ 3,6 bilhões do Executivo. No entanto, ele ponderou que houve um equívoco técnico na fala de Mendes ao dizer que todo o valor se referia a restos a pagar. O secretário esmiuçou o passivo e calculou que em dois anos, assim como Mendes previu, o Estado teria condições de quitar os débitos.

Na última terça-feira (31), em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, Mendes disse que seus ex-secretários – se referindo a Muller e ao secretário de Fazenda Rogério Gallo – estariam mentindo se negassem a dívida do Governo. “Mentira tem perna curta e é o que eles estão fazendo com a população. Eu não ensinei eles a mentir. Se eles estão mentindo, não aprenderam comigo, aprenderam com alguém, acho que tem água estragada lá dentro do Paiaguás”, disse.

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“Restos a pagar têm. A única discussão que a gente teve com o Mauro, eu e o Gallo, não foi dizendo que ele mentiu, absolutamente. Ele que colocou na palavra que a gente tinha dito isso. Ele falou que existiam R$ 3,6 bilhões de restos a pagar, mas não. São conceitos contábeis, técnicos, é difícil discutir e cria essa confusão. Os R$ 3,6 bilhões dele não estão errados, só que ele contabilizou R$ 2,8 bilhões de restos a pagar, que o Gallo esclareceu e com isso ele achou que nós tínhamos dito que ele estava mentindo, e não foi isso. Ele colocou uma série de outras obrigações que não são restos a pagar, por exemplo, a dívida com os Poderes”, esclareceu Muller, em entrevista à Rádio Capital, na tarde desta quarta-feira (01).

O eixo do desentendimento entre Mendes e seus ex-secretários é a atual situação financeira de Mato Grosso. O ex-prefeito de Cuiabá tem sido contundente ao criticar os restos a pagar acumulados pela administração tucana. “Eles podem sair em defesa, é natural, mas eles não podem mentir para a população. Eles não podem desmentir a eles mesmos. Eu pergunto, pegue o balanço do Estado, que é um documento oficial feito pelo Estado, e olhe lá, quanto tem de restos a pagar?”, argumenta.

Muller esmiuçou o valor da dívida e garantiu, ainda, que assim como Mendes tinha previsto recentemente, o Estado pode zerar os restos a pagar nos próximos dois anos, caso cumpra com o planejamento feito pela equipe econômica do Governo.

“Nós, com uma atitude técnica, ficamos com uma certa preciosidade para esclarecer que não são R$ 3,6 bilhões, são R$ 2,8 bilhões e o Gallo explicou isso. E desses R$ 2,8 bilhões alguns restos a pagar estão prontos para serem pagos e outros vão ser executados. Tanto é que hoje os restos a pagar, como o Gallo explicou, não passa de R$ 500 milhões”, rebateu.

“O mais importante que eu acho é o seguinte, o diagnostico feito pela equipe econômica do governador Pedro Taques e que ele avalizou, qualquer governante que assumir, o Pedro continuando vai tocar isso de qualquer maneira. Mas um novo mandato vai implementando as medidas previstas na Emenda Constitucional [Teto de Gastos] de tal maneira que nos próximos anos se eliminaria todos os restos a pagar. Porque não tem só restos a pagar de 2017, tem restos a pagar do Silval. Se todas as providências forem tomadas a gente já sabe quando o Estado vai zerar os restos a pagar, em 2021”, acrescentou o secretário.

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