Lucielly Melo
O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma exceção de suspeição contra o juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Jackson Coutinho, para afastá-lo do julgamento de casos envolvendo o governador e candidato à reeleição, Pedro Taques.
A ação se baseou no fato de que o irmão do juiz, Zidiel Infantino Coutinho Júnior, é servidor comissionado do gabinete do governador.
Inclusive, segundo a procuradora regional eleitoral, Cristina Nascimento Melo, os irmãos moram na mesma residência, o que prejudicaria na imparcialidade do magistrado em atuar nas ações contra Taques.
De acordo com a representação, chegou às mãos da procuradora um ofício da Assembleia Legislativa com denúncia anônima relatando o vínculo entre o Zidiel e Taques.
De acordo com a representação, chegou às mãos da procuradora um ofício da Assembleia Legislativa com denúncia anônima relatando o vínculo entre o Zidiel e Taques.
Tais fatos e circunstâncias, analisados em conjunto, apontam para a ausência de isenção do excepto para julgar os processos que envolvam o candidato à reeleição, José Pedro Gonçalves Taques
Foi constatado, ainda, que Zidiel era lotado na Casa Civil, mas que a partir de maio deste ano passou a ser funcionário do gabinete de Pedro Taques. O fato, segundo a procuradora, mostra-se que o servidor ocupa cargo do alto escalão, o que compromete ainda mais a situação.
“Tais fatos e circunstâncias, analisados em conjunto, apontam para a ausência de isenção do excepto para julgar os processos que envolvam o candidato à reeleição, José Pedro Gonçalves Taques”.
A intenção da ação é fazer com que Jackson seja impedido de atuar em um processo movido contra Taques, por propaganda antecipada, na qual ele é relator do caso no TRE.
“Na hipótese, considerando estar comprovado o interesse, senão do próprio magistrado, no mínimo de seu irmão, no resultado dos processos relacionados ao candidato José Pedro Gonçalves Taques, conclui-se que a excepto, Juiz Jackson Francisco Coleta Coutinho é suspeito para participar do julgamento do processo em epígrafe”, destacou.
Cristina ainda pediu para que o juiz seja notificado a se pronunciar sobre a situação, pelo prazo de 3 dias.
O processo foi encaminhado para o gabinete do juiz Ricardo de Almeida, quem irá analisar a representação.
Outro lado
Em conversa com o Ponto na Curva, o juiz alegou estar tranquilo com a representação, mas preferiu não comentar sobre o caso, já que vai se posicionar nos autos.
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