Mendes acusa jornalista investigado por extorquir políticos de beneficiar Taques



Mendes diz que Taques também é investigado e quer que nome seja retirado de sites


candidato ao governo do Estado Mauro Mendes (DEM), entrou com um pedido de representação eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em desfavor do jornalista Max Feitosa Milas e do Instituto Reclame Aqui. De acordo com Mendes, o aplicativo “Detector de Ficha de Mentiras”, ligados aos acusados, veiculou seu nome em uma ação de improbidade administrativa.




Mendes diz que Taques também é investigado e quer que nome seja retirado de sites

No pedido, Mendes apontou que o candidato à reeleição Pedro Taques (PSDB), mesmo sendo réu em uma ação, aparece como não tendo nenhum processo. O candidato apontou o tratamento diferenciado entre os dois.

Max Feitosa Milas é réu na Operação Liberdade de Extorsão. Ele é acusado de cobrar propina de empresários e políticos em troca de não publicar conteúdo comprometedor das vítimas em seu jornal.

Consta no pedido do ex-prefeito que Max estaria utilizando da plataforma para beneficiar o atual governador, tendo publicado, inclusive, uma matéria cujo título era: “Detector de Ficha de Político mostra Pedro Taques como único candidato de MT sem processos”.

Com isto, o candidato requereu a adequação ou remoção do detector, bem como a desvinculação do seu nome à imagem de corrupto e a proibição de publicações que sujem a seu nome.

O juiz Mário Roberto Kono de Oliveira, do TRE, por outro lado, afirmou que a Justiça Eleitoral deve intervir o mínimo possível nos conteúdos divulgados na internet para possibilitar o debate democrático. Assim, afirmou que o pedido só pode ser julgado depois que o acusado seja ouvido.

“Ante o exposto, indefiro o pedido liminar apresentado e, via de consequência, determino a intimação dos representados para que, no prazo de 48h, manifestem-se sobre os termos desta representação, instruindo-se o feito com os documentos que entenderem pertinentes”, decidiu.

Liberdade de Extorsão

Na operação foram presos Max Milas, Maicon Milas e Antonio Carlos Milas que fazem parte dos veículos de comunicação Centro Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias, e foram presos durante a “Operação Liberdade de Extorsão”, da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), deflagrada em março do ano passado.

Segundo investigação, o grupo vinha agindo há vários anos e o valor cobrado de cada vítima variada de acordo com o poder aquisitivo de cada um, podendo variar de R$ 100 mil a R$ 300 mil. Além dos três jornalistas referidos, mais dois comunicadores, Naedson Martins da Silva e Antônio Peres Pacheco, foram detidos na operação.

Outro lado

Em relação à decisão que negou a liminar para retirar o cadastro do candidato Mauro Mendes no aplicativo “Detector de Ficha de Político” e nos sites “Vigie Aqui” e “Detector de corrupção”, a defesa tem a informar que:

1) A decisão em momento algum discordou da tese da defesa, que apresentou de forma evidente o tratamento diferenciado dado pelas plataformas no que tange às “fichas” de Mauro Mendes e Pedro Taques, em visível benefício ao segundo em detrimento do primeiro.

2) Como consta na ação, é público e notório que o governador Pedro Taques é investigado no escândalo denominado “Grampolândia Pantaneira”, fato amplamente divulgado pela mídia regional e até nacional. Porém, tal situação não é registrada no aplicativo e nos sites mencionados.

3) No documento, o juiz eleitoral Mário Kono deixa claro que irá apenas analisar o argumento da defesa após ouvir a versão a ser apresentada pelos representantes legais das plataformas, que deverá ser feita em até 48 horas. Somente após esta etapa é que o magistrado deve verificar o mérito ou não do pedido liminar.

4) A defesa confia que a Justiça Eleitoral irá garantir a lisura e a igualdade de condições nesta eleição, coibindo a prática denunciada.


Fonte: Fonte: Hipernoticias

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