Mauro Mendes culpa Ararath por crise em empresa, que sai da recuperação em setembro

Alvo de busca e apreensão, ex-prefeito perdeu crédito junto a bancos após ação da PF em 2014
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O pré-candidato ao Governo, ex-prefeito Mauro Mendes (DEM), anunciou que nos próximos meses o Grupo Bipar, de sua propriedade, sairá do processo de recuperação judicial quitando cerca de R$ 100 milhões. A revelação tem como intuito contrapor adversários políticos que denunciaram que o democrata não é um bom gestor e têm várias dívidas com fornecedores. 
O democrata, que deixou de concorrer à reeleição a prefeitura de Cuiabá em 2016 para se dedicar aos negócios, destaca que durante dois anos conseguiu reerguer as finanças empresariais. Ele não teme que a atividade empresarial lhe prejudique eleitoralmente. 
Mauro também lembrou que as empresas foram prejudicadas após ser alvo de mandado de busca e apreensão na 5ª fase da “Operação Ararath”, deflagrada em maio de 2014. A operação apurou esquemas de lavagem de dinheiro e crimes financeiros em Mato Grosso, mas os processos contra o ex-prefeito foram arquivados sem oferecimento de denúncia. 
Segundo Mauro, com a desconfiança, ele perdeu créditos junto as instituições financeiras. “Lamentavelmente em 2014, aconteceu um problema comigo injustamente, tanto é que três anos depois eu fui inocentado. Houve uma desconfiança do Ministério Público Federal pedindo busca e apreensão na minha casa. Consequência prática disso foi que 15 dias depois todos os créditos bancários das nossas empresas foram perdidos”, lamentou.
O ex-prefeito citou que nunca teve negócios com órgãos públicos e gerava milhares de empregos emn vários estados. “Na época, eu estava com 3.500 funcionários de obras no Piauí, Rondônia, Mato Grosso tudo na iniciativa privada. Isto causou um transtorno muito grande”, disse.
Mendes alega que sua presença no dia a dia da empresa foi fundamental para a recuperação financeira. Ele citou que em quase 30 anos de atividade privada sempre teve lucro e desafiou qual empresa que nunca teve problemas. “Já estamos saindo da recuperação judicial, graças a Deus e a equipe. Quando eu voltei a partir de 2017, trabalhamos muito como sempre fizemos e nossa empresa está recuperada”, completa. 
Ele também garante que, ao retornar para a política, dedicará integralmente a atividade. “As notícias que correm por aí pelos meus adversários são notícias de três anos atrás. Em três anos, a minha empresa pagou contas, acertou com muitos fornecedores, teve um problema sim no ano de 2014 e 2015. Nós estamos em 2018, agora em agosto, setembro faz dois anos que minha empresa está em recuperação judicial”, disse o pré-candidato em entrevista ao programa Resumo do Dia (TV Brasil Oeste) na última terça-feira.
O Grupo Bipar, constituído pelas empresas Bipar Energia S.A., Bipar Investimentos e Participações S.A., Mavi Engenharia e Construções Ltda., e Bimetal Indústria Metalúrgica Ltda., ingressou em setembro de 2015 com um pedido de Recuperação Judicial na Justiça de Mato Grosso. O processo foi deferido e as empresas conseguiram preservar os investimentos e os empregos gerados.
Na época, o grupo alegou possuir dívidas de cerca de R$ 100 milhões. Entre os motivos para a crise, estavam as quebras indevidas de alguns contratos e inadimplências.
ESTRATÉGIA
O pré-candidato lembra que, quando anunciou que não seria candidato à reeleição a prefeitura de Cuiabá, foi especulado que se trataria de uma “jogada” para as eleições deste ano. No entanto, ele explica que deixou o cargo porque tinha que tomar contas das questões pessoais, entre elas, suas empresas, e nunca havia prometido ficar na gestão municipal por mais de quatro anos. “Naquela oportunidade eu nunca disse para ninguém que seria prefeito por oito anos. Quando eu pedi voto lá em 2012, eu pedi voto para um mandato de quatro anos, eu honrei este mandato com a população fiquei até o ultimo dia, e voltei para casa para o meu trabalho e fui cuidar da minha vida pessoal e profissional”, pontuou.

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