Mauro apresenta planilhas para confirmar que MT deve R$ 3,6 bilhões

O pré-candidato ao Governo do Estado, ex-prefeito Mauro Mendes (DEM), anunciou que dados sobre déficit do executivo em 2017 no valor de R$ 3 bilhões foram revelados pelo próprio governador Pedro Taques (PSDB) no início do ano. Sendo assim, destaca que o tucano deve se explicar ao secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo que contesta números, e afirma que dívida é apenas de R$ 450 milhões. 

Mendes garante que tem documentos de notícias veiculadas no mês de fevereiro em que Taques revela que o Estado tem cerca de R$ 3 bilhões de resto a pagar. “O governador falou na Assembleia Legislativa, no dia seis de fevereiro, que Mato Grosso tem um déficit de R$ 3 bilhões, então o governador tem que explicar para o Gallo, e tem que se atentar a isso”, assegura.

Mendes argumenta que os números pontualmente divulgados por ele de R$ 3,6 bilhões, são públicos dentro da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz). Ele, inclusive, apresentou planilhas para comprovar sua informação. “Peguei essa informação, e ela pública dentro da própria Secretaria de Fazenda. Ela é pública, e deve circular que circula dentro da própria Secretaria”, completa.

No lançamento de sua pré-candidatura ao Governo na última terça-feira, Mendes acusou o Governo de fechar as contas do exercício de 2017 com restos a pagar no valor de R$ 3,6 bilhões. Ele ainda previu que o tucano entregará a gestão com R$ 4 bilhões em dívidas.

Em resposta, o secretário Rogério Gallo disse que a informação não procede e os dados divulgados pelo democrata estão incompletos. Segundo ele, a dívida “real” do Estado é de cerca de R$ 450 milhões. 

Além disso, aponta que, proporcionalmente, o valor de restos a pagar é praticamente o mesmo deixado pelo governo passado, sob comando de Silval Barbosa.

Gallo revelou que o Governo fechou 2017 com "apenas" R$ 2,8 bilhões de restos a pagar. Destes, R$ 1,7 bilhão já foi pago. “Primeiro nós temos que desmistificar este número, que hoje não é real. Viramos o ano com R$ 2,8 milhões de restos a pagar, sendo R$ 1,7 bilhão processados”, destacou.