Mãe acusa equipe médica de ameaça e tentativa de retirada de home care

Selma Lopes dos Santos, mãe do pequeno Jether Emanoel, 3 anos, está desesperada por conta de um conflito que vem tendo com a equipe médica que atende a criança. Os problemas relatados pela mãe envolve ameaças, abandono do caso e tentativa de retirar os equipamentos de home care de sua casa.

Jether se afogou na piscina de um clube da cidade de Alta Floresta em 9 de maio de 2017 e ficou um ano internado no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). A criança permaneceu cerca de três minutos submersa e ficou com graves sequelas. Ele tem traqueostomia e gastrostomia, o menino que nasceu saudável, hoje tem seus movimentos comprometidos. 
Reprodução
jether afogado
 Jether está com o tratamento comprometido

Selma conta que vem passado por conflitos com a equipe médica que fornece a home care. Ela diz que gostaria de realizar um tratamento chamado hiperbárica. Nesse tratamento o paciente é submetido à inalação de oxigênio puro em uma pressão maior que a pressão atmosférica, dentro de uma câmara hermeticamente fechada com paredes rígidas.

Mas os médicos que atendem Jether discordam da vontade da mãe e o médico responsável, inclusive, a teria ameaçado. “Se fosse fazer o tratamento contra a vontade dele, ele iria entrar no conselho contra mim”, diz a mãe desesperada.

Ela relata que a equipe dificultava o acesso às ambulâncias que seu filho precisava, os médicos teriam inventado que Jether tinha pneumonia para interná-lo no Pronto Socorro e, atualmente, a equipe abandonou o caso do seu filho, com a tentativa de retirar o oxigênio e a cama que o pequeno precisa em sua residência. “Eles falaram que iam lá, mas falei para o meu marido não abrir a porta, não deixar eles tirarem nada”.

Ela aponta que agora seu filho está sem tratamento, com o corpo rígido e sente muitas dores.
  
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que já tem conhecimento do caso e uma equipe da Atenção Domiciliar composta por médico e assistente social vai realizar uma visita para avaliar a situação e buscar alternativas. Dessa forma o paciente não ficaria desassistido e terá continuidade em seu tratamento.

Os serviços de home care oferecidos no Estado é realizado por clinicas terceirizadas. A reportagem tentou contato com a empresa, mas sem sucesso.

Confira a nota na íntegra

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que já tem conhecimento sobre o caso que envolve o menino Jether Emanoel Santos Pinto. Uma equipe da Atenção Domiciliar da SES composta por médico e assistente social vai realizar uma visita para avaliar a situação e buscar o melhor caminho. A SES garante que o paciente não ficará desassistido e terá a continuidade do atendimento, seja pela atual empresa ou por outra que vier a ser contratada para realizar o serviço de home care.

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