Juiz nega interrogatório de Pedro Taques e quebra de sigilo de Paulo

O juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, especializada em Justiça Militar, negou pedidos do cabo Gerson Corrêa, que buscava quebrar o sigilo telefônico do ex-secretário de Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques, e do também policial, coronel Evandro Lesco.
Chico Ferreira
Gerson Corrêa confessou crimes, mas imputou a Paulo Taques e ao governador Pedro Taques (PSDB) as responsabilidades por todo o suporte. Ambos seriam os beneficiados.
O requerimento pretendia comprovar a autoria das interceptações telefônicas ilegais descritas no processo da “grampolândia pantaneira”.
A decisão, do dia 20 de agosto, nega ainda pedido para interrogatório em juízo de Paulo e do governador Pedro Taques.
Para negar a quebra de sigilo, o magistrado considerou que não há mais necessidade. “Tal medida, nesta fase processual, não agregará provas relevantes à análise do mérito do processo”, afirmou.
Sobre os interrogatórios de Pedro e Paulo, também negados, Murilo Moura esclareceu que o Conselho de Especial de Justiça já negou requerimento semelhante em momentos anteriores da instrução do processo.
A pedido da defesa, o cabo Gerson será reinterrogado no dia 27 deste mês. Ele pretende reforçar as acusações contra Pedro e Paulo Taques.
Os grampos
Chico Ferreira
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio de 2017 que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (MDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.
O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
No processo da Justiça Militar, são réus os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

Related Posts:

0 comments:

Postar um comentário

SITE SITE CUIABÁ FOCO MT