A deputada emedebista Janaina Riva, assegurou que vai apresentar até esta próxima terça-feira (7), as oito assinaturas necessárias para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a rede de escuta ilegais, mais conhecida como Grampolândia Pantaneira. A parlamentar declara ainda que não vai aceitar a instalação da CPI somente após as eleições, como foi cogitado no Parlamento.
Após depoimento de mais de seis horas dado à Justiça, pelo cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Junior, no último sábado (28), em que cita a participação efetiva do governador tucano, Pedro Taques, no esquema da grampolândia em Mato Grosso. Além de Taques, tem a participação ainda de autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público.
Gerson responsabilizou o governador Pedro Taques (PSDB) e o ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques, primo do governador, tendo ocupado, como braço direito do gestor tucano, a Secretaria da casa Civil.
A juíza aposentada foi ouvida como testemunha na audiência que investiga a participação de militares nas escutas. Os coronéis Zaqueu Barbosa (ex-comandante da Polícia Militar), Evandro Lesco (ex-chefe da Casa Militar) e Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antonio Edwiges Batista e o cabo Gerson Correa são acusados de operar os grampos contra diversas autoridades no Estado, incluindo a deputada Janaina Riva.
Selma Arruda falou sobre a relação da inclusão de telefones da publicitária Tatiane Sangalli, ex-amante de Paulo Taques, além da ex-assessora da Casa Civil, Caroline Mariano. Há a suspeita de que os números delas foram incluídos na operação que investiga crimes relacionados ao Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Desde quando surgiu a denúncia, que ao que me parece isso vem acontecendo desde 2014. Então, nós vamos ouvir todos que foram citados, vamos ouvir inclusive os desembargadores, os juízes, os policiais, os coronéis, o cabo, ouvir o primo do governador Pedro Taques, o governador Pedro Taques, a sua ex-mulher que também é citada, todos aqueles que foram citados poderão ser chamados para depor e para testemunhar, para contribuir e até para você dar direito de ampla defesa a todos, antes de se chegar a um resultado e alguém reclamar que não foi ouvido e que não teve espaço”, disse Janaina.
A deputada declara que a Assembleia está em papel de fiscalizar o Executivo e a “CPI dos grampos faz parte disso”.
“Não só o Executivo, mas aí nós estamos falando também do Poder Judiciário e de outros poderes que devem ser investigados nessa CPI que deve investigar a Grampolândia Pantaneira, até porque vai abranger tudo, vai ser ampla”, declarou a parlamentar na quarta-feira (01).
Ela ressalta que todos aqueles que foram citados poderão ser chamados para depor e para testemunhar, pois irão "contribuir e até para você dar direito de ampla defesa a todos, antes de se chegar a um resultado e alguém reclamar que não foi ouvido e que não teve espaço”.
