GCCO: ladrões são "aventureiros" e falham em 85% das vezes

Investigações resultaram na prisão de cerca de 50 pessoas, vinculadas a roubos e furtos

O delegado Diogo Santana, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO)
DA REDAÇÃO 

Levantamento realizado pela Polícia Judiciária Civil aponta que, apesar do aumento nos registros de roubos e furtos contra instituições financeiras em 2018, em mais de 85% das ocorrências os criminosos não conseguiram levar dinheiro das agências. Em razão disso, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) avalia que as quadrilhas sejam formadas, em sua maioria, por "aventureiros", ou seja, bandidos sem expertise no ramo. 

As investigações resultaram na prisão de cerca de 50 criminosos, vinculados a roubos e furtos de estabelecimentos bancários praticados no Estado. As prisões são frutos de trabalhos individuais da GCCO, mas também de ações integradas com outras unidades da Polícia Civil e a Polícia Militar.

“Grande parte das ocorrências registradas no ano de 2018 foram na modalidade tentada, ou seja, os criminosos não tiveram êxito em acessar o cofre da agência, inexistindo qualquer retorno financeiro à associação criminosa pelo crime cometido”, analisou o delegado titular da GCCO, Diogo Santana. 

Para o delegado, os integrantes das quadrilhas que agem contras as instituições financeiras são “aventureiros”. “Na ilusão de conseguir dinheiro fácil, se arriscam nessa modalidade criminosa, mas que na maioria das vezes não obtêm sucesso no resultado pretendido”, disse. 

Os roubos e furtos a bancos, sejam eles consumados ou tentados, são classificados em três modalidades investigativas: furto mediante rompimento de obstáculo, por meio de cavidade (abertura na parede), roubo a banco (com restrição de liberdade da vítima) e arrombamentos a caixas eletrônicos. 

Há cerca de dois anos, a modalidade mais observada tem sido os furtos, praticados pelos criminosos que deixam danos materiais nas instituições, com a quebra de paredes e equipamentos, e em muitos casos deixa a população sem atendimento na unidade bancária. 

Em 2018, das 99 ocorrências de furto com arrombamento, em apenas 14 dos registros os criminosos conseguiram acessar os cofres e pegar o dinheiro. Em outras ocorrências, os bandidos levaram armas, munições e coletes balísticos, que ficam guardados dentro das agências, para uso dos vigilantes durante o expediente. Por conta disso, as ocorrências também são contabilizadas como consumadas, pelo fato de terem levado objetos, mas não o dinheiro. 

Já os registros de arrombamento a caixas eletrônicos (quando o objetivo dos criminosos é dinheiro das gavetas dos terminais de autoatendimento) somam 11 tentativas (sem êxito) e 3 consumados. Os roubos tiveram 4 registros. 

O delegado afirmou que os assaltantes que não são presos em flagrante, ao tempo da prática do crime, são todos identificados na investigação criminal e responsabilizados criminalmente, a exemplos das prisões ocorridas nas operações Camaleão (04/05/18) e a Vendaval (03/08/18), ambas deflagradas neste ano pela Gerência de Combate ao Crime Organizado, para desarticular associações criminosas ligadas furtos e roubos de bancos no Estado de Mato Grosso.

Related Posts:

0 comments:

Postar um comentário

SITE SITE CUIABÁ FOCO MT