Emanuel nega ter praticado fraudes com notas fiscais quando era deputado na AL

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) negou, nesta terça (7), ter praticado fraudes por meio de notas frias, que teriam totalizado desvio de R$ 91,7 mil dos cofres públicos, apuradas pela Operação Déjà Vu. Emanuel lamentou ter seu nome envolvido naquilo que classifica como um “lamaçal” e assegurou que provará, perante a Justiça, a sua inocência.

Emanuel negou ainda que os servidores que trabalhavam em seu gabinete, no período em que era deputado estadual, tenham sido os responsáveis pelas supostas irregularidades.


Rodinei Crescêncio


Prefeito Emanuel Pinheiro falou pela 1ª vez, na tarde desta 3ª, sobre a operação Deja Vu e negou ter cometido qualquer fraude em notas fiscais

Conforme apurações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Emanuel teria sido destinatário de 13 notas frias durante os anos de 2014 e 2015. Os itens irregulares teriam sido utilizados para comprovar despesas indevidamente ressarcidas com verbas indenizatórias parlamentares, no período em que ele era deputado estadual.

Na tarde desta terça, Emanuel falou pela primeira vez sobre as supostas fraudes em notas fiscais. Ele negou ter cometido qualquer fraudes em notas fiscais durante sua gestão na Assembleia. “Esse é mais um assunto que vou provar que não tenho nada a ver. Nunca soube disso. Nunca fiz isso. O que tenho a dizer é que nada tenho a ver com isso e será mais um assunto que vou provar, na Justiça, que não tenho nada a ver com isso. Não recebi um centavo”, declarou.

Ao comentar sobre a denúncia do MPE, na qual foi mencionado, Emanuel minimizou. “Eu respeito o trabalho do Ministério Público. As denúncias servem para acusar ou inocentar. No meu caso, tenho certeza, será mais uma oportunidade que terei para mostrar para a população mato-grossense que meus 30 anos de vida pública continuam ilesos e respeitáveis”, afirmou.

O prefeito da Capital pontuou que possuía uma equipe responsável por cuidar das notas fiscais de seu gabinete e das verbas indenizatórias. Segundo ele, os funcionários também não cometeram nenhuma irregularidade. “Tenho certeza de que minha equipe não estava envolvida em esquema algum e tudo isso será esclarecido. Confio nos meus assessores e tenho certeza de que eles não estariam em nenhum esquema que pudesse ter origem ilícita. Isso vai ser provado”, comentou.

“O que existem são denúncias. Quantas denúncias acontecem e depois se prova a inocência? Isso é normal em um estado de direito. O que não é normal é o pré-julgamento”Emanuel Pinheiro

Para o emedebista, a busca e apreensão, da qual ele foi alvo durante a operação, é uma conduta “louvável”. "Essa medida serve para buscar provas. No momento oportuno, provarei que nada temos a ver com isso”.

Emanuel também é acusado de receber propina do ex-governador Silval Barbosa. Ele chegou a ser filmado recebendo supostos valores ilegais. O processo atualmente tramita Supremo Tribunal Federal (STF). Para o prefeito, o caso envolvendo o ex-governador e a recente operação não prejudicam sua imagem.

“O que existem são denúncias. Quantas denúncias acontecem e depois se prova a inocência? Isso é normal em um estado de direito. O que não é normal é o pré-julgamento, que infelizmente acaba acontecendo. Em 30 anos de vida pública, esses dois episódios pairam contra mim, mas é um tempo para eu provar que nada tenho a ver com isso. Não é uma situação confortável, mas tenho que enfrentar e vou provar”, declarou.

“Estamos com um ano e meio de gestão e não há nenhuma denúncia ou algo que macule a nossa gestão. Estamos, com mãos de ferro, prezando pela Lei de Responsabilidade Fiscal, pelo equilíbrio das contas públicas, com os salários pagos no último dia do mês e com investimentos em toda a cidade. Não há nada que macule minha gestão”, acrescentou.

A Déjá vu

A operação apura esquema no qual eram feitas notas fiscais falsas para simular compra de itens como materiais de papelaria e insumos de informática. Estão envolvidas as empresas GB de Oliveira Comércio ME, HC da Costa Campos e Cia Ltda ME, VPS Comércio ME e VH Alves Comércio ME.

Conforme as apurações, destas empresas, somente a H.C da Costa Campos existiria, sendo as outras de “fachada” e constituídas com o objetivo de participar das fraudes.

Além de Emanuel, também são acusados os deputados Eduardo Botelho (DEM), Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), Zeca Viana (PDT), e Wancley de Carvalho (PV). O ex-deputado estadual José Riva também é alvo das investigações.

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